Resumo: Fatores importantes referentes à qualidade da carne bovina no local de venda envolvem a higiene dos manipuladores, dos equipamentos e utensílios, os quais garantirá a vida útil desse alimento. Uma vez que as carnes passam pelo processo de moagem, elas se tornam altamente susceptíveis a contaminação por manipuladores, tornando-se um substrato pata contaminação de inúmeros microrganismos. O surgimento dos food trucks contribuiu para o aumento da procura por refeições rápidas e fora do lar, com isso a preocupação pela qualidade dos alimentos e lanches vendidos nesses locais deve ser ainda maior. O presente estudo teve como objetivo verificar a presença de possíveis contaminações por bactérias patogênicas nos hambúrgueres artesanais desenvolvidos em diferentes food trucks do Estado do Rio de Janeiro. As análises microbiológicas foram desenvolvidas segundo o método descrito pela APHA (2001) para a presença de Coliformes 45ºC, Staphilococcus aureus e Clostrídios sulfitos. Os hambúrgueres analisados estavam impróprios para o consumo, pois apresentaram valores acima do aceitável para Staphilococcus aureus (até 5 x 10² UFC/g de alimento) e Clostrídios sulfitos (até 3 x 10³ UFC/g de alimento). O excesso de manipulação dos cortes cárneos associados ao processo de moagem em equipamentos de difícil desmontagem para a adequada higienização, bem como o armazenamento inadequado foram os principais indicadores para a contaminação dos hambúrgueres. Conclui-se que este tipo de estabelecimento deve adotar medidas para garantir a segurança alimentar dos produtos comercializados, através da aplicação de procedimentos adequados de boas práticas de higiene pessoal, manipulação, armazenamento e distribuição de alimentos, e que o sistema de vigilância sanitária vigente deve cumprir com um rigoroso sistema de visitação e fiscalização que garantam a segurança alimentar da população.