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PRODUÇÃO DE ENZIMAS POR FERMENTAÇÃO EM ESTADO SÓLIDO ASSOCIANDO MATERIAIS AMILÁCEOS E RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS COMO SUBSTRATO
Samuel Teixeira Lopes
Universidade de Passo Fundo/Curso de Engenharia Química
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Crie um tópicoA produção de bioetanol por diferentes matrizes energéticas é incentivada e necessita de enzimas adequadas à otimização do bioprocesso. A fermentação em estado sólido (FES) para a produção enzimática se destaca devido às condições operacionais e permite empregar resíduos agroindustriais como substratos, além de materiais amiláceos. Nesse sentido, objetivou-se avaliar a produção de enzimas por FES associando materiais amiláceos e resíduos agroindustriais como substratos e fungos isolados dos resíduos. A FES foi conduzida a partir de bagaço de cana-de-açúcar triturado (BC) e farinha de triticale de grão inteiro (FT) como substrato, variando as proporções (100% FT; 80% FT + 20% BC; 70% FT + 30% BC) e fungos isolados de resíduos de abacaxi (F1) e bagaço de cana-de-açúcar (F2). A FT foi avaliada em dois tempos de trituração: 30 s (FT30) e 60 s (FT60). Foi inoculado 106 esporos/gmeio e a FES foi conduzida durante 7 dias a 30 °C com 50 g de meio inicial. Foram retiradas amostras a cada 48 h para determinação de atividade amilolítica (AA) e celulolítica (AC). Para ambos os fungos, a AA apresentou maiores valores em 96 h, no experimento contendo 100% FT60 para o F1 e no experimento 80% FT30 + 20% BC para o F2 (respectivamente 1,086±0,19 U/mLextrato enzimático e 1,240±1,24 U/mLextrato enzimático). Para F1 e F2, houve redução da AA em 144 h, decorrente do possível esgotamento de nutrientes. Na AC, verificou-se que o maior tempo de trituração (FT60) apresentou influência, pois maiores AC ocorreram nos experimentos com este substrato, para o F1 (0,505±0,09 U/mLextrato enzimático e 0,486±0,05 U/mLextrato enzimático) e para o F2 (0,529±0,12 U/mLextrato enzimático e 0,537±0,12 U/mLextrato enzimático). Conclui-se que o tamanho de partícula do substrato é um parâmetro importante para a síntese enzimática. Além disso, associar substratos amiláceos e lignocelulósicos pode induzir a produção de enzimas fúngicas.
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