O consumo de leite UHT (ultra high temperature) tem crescido no Brasil nos últimos anos, principalmente devido à praticidade e vida útil, no entanto, são poucos os estudos relacionados à qualidade deste produto. Neste trabalho o objetivo foi verificar se amostras de leite UHT produzidas e comercializadas nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, no período de agosto de 2012 a janeiro de 2013, atendiam ao padrão de identidade e qualidade referente aos parâmetros físico-químicos e ausência de fraude. Foram coletadas 44 amostras de leite UHT (24 amostras de leite integral e 20 de leite desnatado), de diferentes marcas, que foram avaliadas em relação ao teor de lipídios (%), proteína bruta (%), lactose (%), densidade a 15ºC, teor de cinzas (%) (Lactoscan®, Milkotronic, Bulgária) e acidez em ácido lático (% m/m) (BRASIL, 2006). Os testes empregados para verificação de adulterantes foram: álcool (BRASIL, 2006), amido, cloretos, peróxido de hidrogênio, formol, pus e sangue (PEREIRA et al., 2001). Nas amostras de leite UHT integral os parâmetros que não atenderam a legislação vigente foram acidez e matéria gorda, perfazendo um total de 10 e 4 amostras em desacordo com a legislação, respectivamente; em relação às amostras de leite UHT desnatado, 30% das amostras apresentaram teor de acidez abaixo do estipulado pela legislação enquanto 10% estavam acima. As amostras provenientes do estado de Santa Catarina apresentaram o maior número de irregularidades, sendo que uma apresentou precipitação da proteína antes da violação da embalagem. Não foram detectados os adulterantes testados.