A gabiroba (Campomanesia xanthocarpa O. Berg), da família Myrtaceae, é encontrada principalmente no centro-oeste, sul e sudeste do País, cujo fruto é de formato redondo e cor amarela à alaranjada, polpa ácida, suculento e de sabor adocicado, consumido in natura ou em preparos de outros alimentos como geleias, licores, entre outros. Objetivou-se quantificar os carotenoides totais, presentes nas frações casca, polpa e semente, de gabiroba. Foram utilizadas amostras em triplicatas, no qual as cascas e polpas foram congeladas até o momento da análise e as sementes foram secas em estufa de circulação de ar forçado e renovado. O processo de extração dos carotenoides foi feito por meio de extrato éterico e quantificados conforme metodologia proposta por Higby (1962). As leituras foram realizadas em espectrofotômetro, marca Rayleigh UV-1800. Observou os seguintes resultados: 32,76 ±1,34; 0,20 ±0,19; 32,26 ±1,31 mg de carotenoides/100g de amostra na casca, polpa e semente respectivamente. Notou-se que a casca apresentou maior quantidade de carotenóides, seguido da semente, corroborando com Guizilini (2010), no qual avaliou carotenóides totais de polpa e fruto integral de gabiroba e encontrou 54 ± 0,3 mg e 61 ± 0,4mg respectivamente. Uma vez que o fruto integral apresentou maior concentração quando comparada à polpa isoladamente, pode-se entender que com a presença de sementes e casca, a coloração alaranjada foi mais intensa que na polpa pura, reforçando a maior concentração no fruto integral. Contata-se que a casca e semente da gabiroba apresentam maiores quantidades de carotenoides, quando comparada com a polpa isolada, cuja diferença de valores encontradas nesse trabalho, quando comparados à outros, pode ser justificada pela maturação do fruto, clima e solo.