Notícias veiculadas na mídia têm levado os consumidores a questionarem a segurança dos alimentos. São exemplos a presença de benzeno em refrigerantes sabor laranja e de 4-metil imidazol em refrigerantes tipo cola. O objetivo deste estudo foi avaliar a percepção dos consumidores no tocante a segurança dos aditivos alimentares. A aplicação de um questionário estruturado, na forma de survey, foi realizada através do envio (por e-mail), solicitando o preenchimento, disponível através de um link de acesso direto. Dados demográficos referentes a sexo, idade, escolaridade e renda mensal também foram incluídos. Os itens do questionário foram medidos usando a escala de 5 pontos de Likert. O programa xlstat-sensory analysis and costumer insight (Addinsoft Inc.) foi utilizado para a análise dos dados. O teste do qui-quadrado foi realizado para determinar a percepção dos consumidores baseado nos dados demográficos. A representação do perfil dos respondentes (n=110) correspondeu a 74% pertencente ao sexo feminino, com idade entre 21 e 30 anos e com pós-graduação. Os dados obtidos indicaram diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) na percepção da segurança do uso de aditivos no tocante ao sexo e renda. As mulheres demonstraram menor confiança na segurança do uso de aditivos do que os homens. Respondentes com renda mensal acima de 10 salários mínimos acreditam não ser seguro o uso de aditivos autorizados pelo órgão regulamentador. Cerca de 70% dos respondentes concordam que os aditivos podem formar compostos tóxicos nos alimentos processados. Concluiu-se que a percepção dos consumidores sobre os aditivos foi negativa, sendo necessárias ações de esclarecimento.