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AVALIAÇÃO DA COR DE HÍBRIDOS DE TANGOR (Citrus reticulata X Citrus sinensis) CV. MURCOTT E LARANJA (Citrus sinensis) CV. PERA EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE MATURAÇÃO

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A citricultura brasileira está baseada em um baixo número de variedades, favorecendo a ocorrência de problemas fitossanitários. Para contornar este problema, novos híbridos entre tangor (Citrus reticulata x Citrus sinensis) cv. Murcott (TM) e laranja (Citrus sinensis) cv. Pera (LP) foram desenvolvidos pelo Instituto Agronômico de Campinas. A cor de frutos está associada à percepção dos consumidores quanto a qualidade e grau de maturação. O objetivo deste trabalho foi avaliar mudanças de cor durante o amadurecimento de híbridos entre LP e TM. Para tanto, a cor da casca e do suco de seis híbridos (TMxLP 44, TMxLP 88, TMxLP 116, TMxLP 281, TMxLP 294 e TMxLP 372), bem como de seus pais, foi avaliada em colorímetro Hunter na escala CIELAB. Na casca, foram comparados os valores de cor medidos por reflectância com a especular incluída e excluída. No suco, foram comparadas medidas em reflectância e transmitância. A cor da casca foi pouco influenciada pela inclusão da especular, enquanto no suco os resultados de transmitância foram incoerentes. A luminosidade (L*) apresentou pouca alteração na casa e suco dos frutos nos diferentes estádios de maturação. Valores positivos de b* (amarelo) foram obtidos na casca e na polpa em todos os estádios de maturação (b* = 28,4 a 64,7 na casca; b* = 26,3 a 35,6 no suco). O parâmetro a* passou de valores negativos ou próximos de 0 (verde) para valores positivos (vermelho), tanto na casca como no suco, com o amadurecimento. Este fato foi confirmado com a tonalidade cromática (hue) que deslocou de amarelo-esverdeado (~90°) para amarelo-alaranjado (~45°). Todos os híbridos desenvolvidos pelo IAC apresentaram coloração mais intensa que o parental paterno (LP), fornecendo variedades de coloração mais interessante para a indústria de sucos e consumo in natura.