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OBTENÇÃO DE XANTANA UTILIZANDO DIFERENTES FONTES DE CARBONO

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A busca por combustíveis alternativos ao petróleo vem ganhando destaque, como o biodiesel, cujo processo gera glicerina como coproduto, criando um excedente não absorvido pelo mercado, o que justifica a pesquisa de alternativas para seu aproveitamento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a substituição, parcial ou total, da sacarose por glicerina bruta, na produção de xantana. O inóculo de Xanthomonas campestris pv. mangiferaeindicae 1230 foi preparado partindo de um tubo contendo a cultura adicionado a 90 mL do meio YM, incubando-se a 28ºC e 150rpm por 12h. Após, 10mL foram transferidos para 90mL de meio apropriado contendo 50g/L da fonte de carbono, incubando-se a 28ºC e 200rpm. A concentração de biomassa foi acompanhada por medida da absorvância a 560nm, convertendo-se em massa seca por uma curva padrão. A goma xantana foi recuperada centrifugando-se o caldo (30min/4ºC), seguido de precipitação da goma no sobrenadante com etanol 96,4ºGL (1:4v/v), repouso (±4ºC/24h), novamente centrifugação e secagem até peso constante. Os experimentos foram realizados em triplicata. Em relação à biomassa, houve diferença significativa entre as três fontes de carbono, sendo obtida a maior concentração (0,52g/L) quando utilizada a mistura de sacarose e glicerina residual (1:1m/m), e a menor (0,26g/L) quando utilizada a sacarose. As concentrações de xantana não diferiram significativamente, sendo de 8,26, 8,93 e 8,54g/L para a sacarose, mistura de sacarose com glicerina e glicerina residual, respectivamente. Desta forma, foi possível a substituição total da sacarose por glicerina residual no cultivo de X. campestris para produção de xantana. Agradecimentos: FAPERGS, CNPq e CAPES.