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Para que a cadeia produtiva do pescado alcance a sustentabilidade é necessário que o setor minimize o impacto adverso dos resíduos gerados pela respectiva cadeia no ambiente. Este estudo objetivou aproveitar os resíduos do processamento de tilápia (Oreochromis niloticus) e beijupirá (Rachycentron canadum) elaborando peptona a partir do fracionamento da silagem química. Para a elaboração das silagens, lotes contendo tecido muscular, cabeças, nadadeiras, carcaças e vísceras foram triturados e, em seguida, adicionados do antioxidante BHT (hidroxibutilanisol) dissolvido em álcool etílico (0,02g/100g). Foram testados dois tratamentos: ácido cítrico + ácido fórmico (1:3), na relação de 3% (v/m) (silagem química de tilápias - SQT1 e silagem química de beijupirá- SQB1), e ácido propiônico + ácido fórmico (1:3), na relação de 3% (v/m) (silagem química de tilápias – SQT2 e silagem química de beijupirá- SQB1). O material foi centrifugado e fracionado, obtendo-se as frações aquosas, as quais foram liofilizadas para obtenção das peptonas.. No teste de eficiência de crescimento bacteriano, foram usadas cepas puras de Escherichia coli (ATCC 25922) e Sthapylococcus aureus (ATCC 25923). Os meios foram preparados com as peptonas das silagens (0,5% v/v) e dextrose (0,1% v/v), utilizada para comparação. O crescimento microbiano foi avaliado pela leitura da Densidade Ótica (DO). Foram traçadas as curvas de crescimento e verificado que, a E.coli, para ambas as espécies e tratamentos, apresentou crescimento exponencial, após 10,5 horas de incubação. Para o S.aureus o crescimento foi alcançado, após 12 horas. O coproduto peptona é eficiente para ser utilizado como meio de cultivo de microrganismos.