¬Estudos tem demonstrado o potencial antioxidante de produtos nativos, sendo que a extração destes compostos depende do solvente utilizado. O arroz do Pantanal (Oryza latifolia (Desv.)) é uma planta aquática nativa e abundante em Corumbá-MS. Neste trabalho avaliou-se o efeito de solventes de extração de diferentes polaridades no teor de fenóis totais (ensaio Folin-Ciocalteu), taninos (ensaio Folin-Denis) e na atividade antioxidante (AA) (ensaio DPPH•) do arroz do Pantanal. Foram testados os solventes: água, etanol, metanol, 60% etanol/água e 60% acetona/água. As amostras de arroz, colhido em Corumbá-MS, foram descascadas, moídas e adicionadas de solvente na proporção fruto:solvente de 1:3. O material foi submetido a agitação por 20 minutos, filtrado em gaze, sendo o resíduo reextraído com a mesma proporção de solvente por mais 20 minutos. As determinações ocorreram em triplicata e resultados expressos em massa fresca. O tipo de solvente influenciou significativamente (p<0,05) a AA do arroz, porém sem efeitos sobre o teor de fenóis (244,43±5,06 mg EAG 100g-1) e taninos (195,72±15,99 mg EAT 100g-1). A maior AA (p<0,05) foi verificada no extrato 60% acetona/água (IC50 = 9,59±2,69 g g-1DPPH), seguida pelas extrações em metanol (IC50 = 11,94±4,03 g g-1DPPH) e 60% etanol/água (IC50 = 13,07±4,79 g g-1DPPH), sem diferença estatística entre as últimas. As extrações com etanol e água resultaram nas menores AA (p<0,05), com IC50 de 18,42±4,09 e 23,05±3,85 g g-1DPPH, respectivamente. O solvente 60% acetona/água mostrou maior capacidade em inibir os radicais livres produzidos pelo DPPH, sendo o solvente recomentado para extração em arroz do Pantanal.