A pimenta é uma especiaria bastante apreciada pela sua pungência, flavor e como conservante alimentar, assim como por suas propriedades fisiológicas e farmacêuticas, devido à presença de determinados componentes. O objetivo deste trabalho foi analisar a capacidade antifúngica dos extratos aquosos de pimentas Capsicum baccatum var. pendulum (dedo de moça); Capsicum chinense (pimenta de cheiro); Capsicum chiniense (pimenata de cheiro “ardida”) e Capsicum frutescens (malagueta). A ação fungitóxica dos extratos aquosos foi avaliada sobre o desenvolvimento de dois importantes fitopatógenos: Cladosporium cladosporioides e Colletotrichum lindemunthianum, por meio da inibição do crescimento micelial dos fitopatógenos. De acordo com os resultados, os extratos aquosos das pimentas dedo de moça e malagueta apresentaram taxas significativas de inibição dos fungos nas diversas concentrações testadas em especial o extrato aquoso da pimenta dedo-de-moça que inibiu o Cladosporium cladosporioides em 49,44% do seu crescimento. O fitopatógeno Cladosporium cladosporioides teve seu crescimento reduzido em 28,70% na concentração de 5 mg/mL entretanto na concentração de 10 mg/mL, ocorreu uma redução na inibição de crescimento para 18,36%. Já o fitopatógeno Colletotrichum lindemunthianum teve uma taxa de inibição crescente (8,51%, 12,76% e 19,81%, respectivamente) de acordo com o aumento na concentração do extrato. Dessa forma o uso desses extratos surge como uma alternativa à substituição de pesticidas químicos. Os resultados têm apontado boas perspectivas devido às altas taxas de inibições dos fungos frente aos extratos testados.