Morfologia hemipeniana de Glaucomastix abaetensis e Glaucomastix littoralis (Squamata, Teiidae, Teiinae)

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Apresentação Oral
  • Eixo temático: Morfologia funcional
  • Palavras chaves: Hemipênis; lagartos teiídeos; órgão copulatório masculino; Taxonomia;
  • 1 Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
  • 2 Museu Nacional/UFRJ
  • 3 Departamento de Zoologia / Instituto de Biociências (IBIO) / Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Morfologia hemipeniana de Glaucomastix abaetensis e Glaucomastix littoralis (Squamata, Teiidae, Teiinae)

Fernanda Dias-Silva

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Resumo

Os répteis Squamata são os únicos vertebrados a possuírem um par de órgãos copulatórios protráteis, chamados de hemipênis. Esses órgãos comumente apresentam uma morfologia complexa, com diferenças significativas entre espécies, podendo ser utilizados também como um caráter adicional na diagnose de táxons mais inclusivos como famílias e gêneros. Embora existam trabalhos sobre a morfologia hemipeniana de lagartos teiídeos, algumas espécies da subfamília Teiinae, especialmente no gênero Glaucomastix, ainda não possuem seu hemipênis descrito. O gênero Glaucomastix é composto por cinco espécies distribuídas no Brasil, das quais apenas G. venetacauda possui a morfologia hemipeniana conhecida. Analisamos e descrevemos os hemipênis de machos adultos de uma população de G. abaetensis (n=7) e de três populações de G. littoralis (n=20) da coleção científica do Museu Nacional/UFRJ (MNRJ). Em ambas as espécies os hemipênis são ligeiramente bilobados e apresentam o sulco espermático bem definido, com orientação centrípeta, com lamelas cobrindo a maior parte do corpo do órgão e um par de projeções apicais. Glaucomastix abaetensis apresentou oito lamelas proximais e 12 lamelas descontínuas nas faces assulcada e laterais enquanto G. littoralis apresentou 7-10 lamelas proximais (valor modal = 10) e 10-12 (valor modal = 12) lamelas descontínuas. De modo geral o hemipênis de G. venetacauda é morfologicamente semelhante a G. abaetensis e G. littoralis. No entanto, é necessária a análise do hemipênis de G. venetacauda para verificar se existem ou não diferenças na quantidade de lamelas em comparação com G. abaetensis e G. littoralis. Em um grupo onde a morfologia externa é relativamente conservativa, esperamos que nossos dados auxiliem futuros trabalhos taxonômicos e sistemáticos

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