Ação crônica do álcool inibe o desenvolvimento craniano de ratos Wistar

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Pôster
  • Eixo temático: Anatomia comparada
  • Palavras chaves: Álcool; Forma e tamanho; Morfometria; Rodentia;
  • 1 Universidade Federal do Espírito Santo

Ação crônica do álcool inibe o desenvolvimento craniano de ratos Wistar

Carolline Raidan Daniel Daniel

Universidade Federal do Espírito Santo

Resumo

Caracterizado como uma das drogas mais consumidas no mundo, o álcool e seus efeitos têm sido alvo de estudos. Sabe-se que a relação desta substância com os ossos é caracterizada por promover sérios problemas, como a perda de densidade óssea. Apesar das consequências terem sido amplamente abordadas, a avaliação de como o consumo do álcool afeta a morfologia de uma estrutura ainda é escassa. O objetivo central deste estudo foi investigar o impacto do consumo de álcool durante o desenvolvimento do crânio de ratos Wistar. Os efeitos foram avaliados através da comparação entre ratos do grupo controle e aqueles submetidos ao uso crônico da droga. No total foram avaliados 60 animais, sendo cada grupo com 30 ratos (15 machos e 15 fêmeas). Depois de 10 semanas sob tratamento, o qual teve início após o desmame, os ratos foram sacrificados. Cada crânio foi digitalizado com o uso de um digitalizador 3D e as diferenças foram avaliadas entre machos e entre fêmeas de cada grupo, separadamente, através de uma análise de variância, análise de componentes principais e grids de deformação. O tamanho absoluto do crânio demonstrou ser diferente tanto nas comparações entre os machos quanto nas fêmeas, sendo os ratos do grupo controle maiores do que os do grupo alcoólico. A forma também foi diferente entre os grupos: os machos do grupo controle mostraram tendência de expansão da abóbada craniana, enquanto o grupo tratado mostrou uma retração dessa região. Nas fêmeas, a base do crânio se mostrou projetada posteriormente no grupo tratado, e anteriormente no grupo controle. Os dados obtidos nesse estudo têm importantes implicações biológicas e na área da saúde, levantando questões pertinentes sobre o uso abusivo dessa droga e sua toxicidade durante as fases iniciais do desenvolvimento.

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Autor

Carolline Raidan Daniel Daniel

Olá Grazyelle, obrigada. Parabéns pelo trabalho! Realmente, existe um amplo esforço para compreender os efeitos do álcool principalmente em humanos mas como você apontou, não há padronização e integração de dados. A padronização das medidas utilizadas por nós já é algo definido para o crânio de mamíferos, o que permite a comparação de diferentes grupos e até mesmo extrapolar nossas inferências para o crânio Humano.

Eu gostaria de integrar mais informações, no que diz respeito ao estudo do cérebro, visto que claramente trata-se do órgão mais afetado pelo uso abusivo de álcool. Entretanto, nosso material disponível está reduzido a crânios, o que acaba limitando o nosso escopo de estudos. 

Caso tenha disponibilidade de adicionar novas informações a respeito desse tema podemos conversar sobre uma possível colaboração de dados para abordamos esse tema com maior robustez. Até mesmo para desenvolver algum delineamento desses dados para impulsionar estudos futuros. Meu contato:[email protected].