Descrição comparativa do sincrânio de Nasua nasua (Linnaeus, 1766) (Mammalia, Procyonidae)

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Apresentação Oral
  • Eixo temático: Anatomia descritiva
  • Palavras chaves: Osteologia; Crânio; Mamíferos; Nasua nasua; Procyonidae;
  • 1 Universidade Federal de Minas Gerais

Descrição comparativa do sincrânio de Nasua nasua (Linnaeus, 1766) (Mammalia, Procyonidae)

Carla Danielle de Melo Soares Melo-Soares

Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo

Nasua nasua é uma espécie de Procyonidae com ampla distribuição, ocorrendo ao longo de toda a América do Sul. Espécies do gênero Nasua apresentam várias características peculiares dentro da família, como comportamento social e alongamento extremo do rostro. No entanto, estudos osteológicos ainda são escassos. O presente estudo tem como objetivo descrever o sincrânio adulto de Nasua nasua. Foram avaliados 10 crânios depositados na Coleção de Mamíferos do CCT/UFMG. Nasua nasua difere de outros representantes da família pela caixa craniana de formato mais abobadado, pela grande extensão da região facial do crânio, resultado do alongamento, principalmente, dos nasais, palatinos e maxilares. Em vista dorsal, o rostro se afunila anteriormente, na altura da porção média das maxilas e nasais, voltando a se expandir na porção mais anterior, na altura dos caninos, enquanto que os arcos zigomáticos se alargam em direção caudal. Em vista lateral, a porção dorsal dos nasais apresenta uma leve concavidade que se projeta dorsalmente em sua porção final, e os forames infraorbitais se posicionam bem anteriormente às órbitas, possivelmente como resultado do alongamento craniano. Em vista ventral, os palatinos se estendem posteriormente resultando na retração das coanas até próximas dos processos zigomáticos do esquamosal. A mandíbula é alongada com um perfil ventral côncavo e um processo angular curto e voltado medialmente. Indivíduos apresentam as suturas consolidadas, e machos apresentam uma crista sagital pronunciada, o processo pós- orbital do frontal mais desenvolvido e a caixa craniana mais robusta do que as fêmeas. Espera-se que essa descrição osteológica possa fornecer subsídios para desdobramentos futuros em estudos de ontogenia, heterocronia, evolução fenotípica e implicações funcionais.

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