Anatomia do aparelho mastigatório de Didelphis albiventris (Lund, 1840) (Mammalia, Didelphimorphia, Didelphidae)

Favoritar este trabalho
Como citar esse trabalho?
Detalhes
  • Tipo de apresentação: Pôster
  • Eixo temático: Anatomia descritiva
  • Palavras chaves: Didelphidae; Didelphis albiventris; Mastigação; Miologia; mordida;
  • 1 Universidade Federal de Pernambuco
  • 2 UFPE

Anatomia do aparelho mastigatório de Didelphis albiventris (Lund, 1840) (Mammalia, Didelphimorphia, Didelphidae)

Juann Aryell Francisco de Holanda Abreu

Universidade Federal de Pernambuco

Resumo

Neste trabalho caracterizamos os grupos musculares associados à mastigação de Didelphis albiventris para posterior comparação com outros gêneros de Didelphidae. Dissecamos sete exemplares da Coleção de Mamíferos UFPE, e medimos o comprimento de 15-30 fibras musculares por grupo muscular de um adulto, após digestão com Ácido Nítrico, para modelar a força de mordida. Nas dissecções visualizamos os grupos objetivos: Temporal, Masseter, com suas porções superficiais (TS e MS) e profundas (TP e MP), Pterigoideo interno e externo (Pi e Pe), ventre anterior do Digástrico (D), Milo-hioideo (Mh) e Gênio- hioideo (Gh). Para cada grupo apresentamos tamanho médio (mm) e desvio padrão (x±dp). Estes músculos estão envolvidos no movimento mandibular a partir de suas conexões com a mandíbula, lateralmente, com as inserções do TS (3,68±0,52) no processo coronóide, e MP (2,85±0,5) na fossa massetérica, com origens respectivas na fáscia temporal e face medial do arco zigomático, ou conectados medialmente, no processo coronóide com o TP (3,12±0,52; origem após a órbita) ou na borda inferior com as inserções do MS (3,11±0,49) e D (C para o músculo todo =2,95±0,63), e origem Mh (2,84±0,65). Os dois últimos, junto ao Gh (2,5±0,44), que se origina atrás da sínfise, partem ou se inserem, Mh e Gh, na expansão aponeurótica anexada ao hióide, enquanto o MS tem origem acima do último molar. Além desses, os Pi (2,84±0,65) e Pe (não medido) também se inserem medialmente, no canal mandibular e posteriormente na base do processo coronóide, com origens no pterigoide, desde o forame esfenopalatino à crista do alisfenoide e alisfenoide. Estes resultados corroboram análises anteriores da localização dos agrupamentos em Didelphis e permitirão uma estimativa de força de mordida mais precisa que aquela obtida com o modelo seco.

Questões (4 tópicos)

Compartilhe suas ideias ou dúvidas com os autores!

Sabia que o maior estímulo no desenvolvimento científico e cultural é a curiosidade? Deixe seus questionamentos ou sugestões para o autor!

Faça login para interagir

Tem uma dúvida ou sugestão? Compartilhe seu feedback com os autores!

Autor

Juann Aryell Francisco de Holanda Abreu

Olá! Os espécimes estavam depositados em via úmida ou congelados. Antes das dissecções, mas já retirada a pele, eu separei o crânio do corpo e o depositei num recipiente com álcool por algumas horas. Esse prosseguimento secava um pouco a musculatura, o que facilitava no momento da dissecção e até já foi recomendado por Turnbull (1970). Quando retirados, os músculos foram depositados no etanol (30%), depois secados e pesados numa balança de precisão, como utilizado por Herrel et al., 2008. Esse trabalho de Herrel e colaboradores se interessou em utilizar medidas musculares para prever a força de mordida, e foi o trabalho que mais me ofereceu suporte metodológico. Mas dados musculares, inclusive também utilizando comprimento de fibra, podem ser mais explicativos a performance, como a abertura de boca por exemplo. Trabalhos mais atuais com mamíferos, eu poderia te indicar Fabre et al., 2017; Taylor et al., 2018; Hartstone-Rose et al., 2012, 2019; Penrose et al., 2019. Do ponto de vista funcional, aspectos comportamentais e mecânicos também são interessantes, como será bastante nítido em alguns desses trabalhos. Para isso eu acho legal dá uma olhada em Weijs, Herring, Gorniak, Crompton e Hiiemae. As maiores dificuldades que encontrei foi primeiramente relacionada a dissecção, pois embora exista trabalhos descritivos, muitos envolviam a secção do crânio, a qual para mim não era tão interessante, pois o material seria depositado a coleção posteriormente. Então eu tive que elaborar um protocolo com algumas tentativas e erros (alguns músculos foram perdidos) que resultasse no menor dano possível ao crânio. Depois também a dificuldade de encontrar material, nem tanto para Didelphis albiventris mas para outros grupos comparativos a qual se deseja empregar em futuras dissecções. Isso acaba entrando na próxima pergunta. Acredito que não existe um mínimo de material mas este deve ser suficiente para dá algum suporte comparativo. Um desses trabalhos acima utiliza duas espécies com 3 indivíduos cada, como tem trabalhos com mais de 10 espécies, mas com um n de 1 para a maioria delas. Gostaria muito que essa discussão tivesse ocorrido presencialmente. Peço desculpas pela demora de resposta. Muito Obrigado!!

Autor

Diego Astúa

Nathalia, Juann já respondeu bem melhor que eu poderia, mas pode sempre escrever pra gente se precisar de mais detalhes.

Desculpe, esse tópico é privado. Apenas o(a) criador(a) e os autores podem visualizar os comentários e interagir com o tópico.
Autor

Juann Aryell Francisco de Holanda Abreu

Muito Obrigado!!!

Autor

Juann Aryell Francisco de Holanda Abreu

Muito Obrigado!!!