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Serviço de Intervenção Cognitivo-Comportamental (SICC): uma experiência de apoio psicoemocional em grupo para gestantes
Allane Borges
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Crie um tópicoO período gestacional, além das alterações físicas, envolve mudanças sociais, econômicas e psicológicas que representam um desafio psicoemocional para as mulheres. À vista disso, cada mulher irá vivenciar esse período de forma única, sendo perpassado por expectativas pessoais e sociais, além de ser um momento propício para o surgimento de medos e inseguranças a respeito da gestação, maternidade e sobre si mesma. A literatura evidencia que as gestantes carecem de atenção e cuidados mais amplos que propiciem uma reestruturação cognitiva da percepção romantizada da gravidez, que encobre os desafios reais impostos pelas alterações físicas e psico-sócio-econômicas que impactam em sua saúde mental. Embasado nessas evidências, foi desenvolvido o subprojeto piloto “Apoio Materno-infantil Sementinhas” com o intuito de oferecer apoio psicoemocional às gestantes da população em geral. Desenvolvido na Clínica-escola de Psicologia da UNICAP, está inserido numa ampla proposta de extensão que abarca outros seis subprojetos que se ocupam da responsabilidade social na perspectiva cognitivo-comportamental - o Serviço de Intervenção Cognitivo-Comportamental (SICC). Nesse contexto, o apoio psicoemocional oferecido por 02 psicólogas voluntárias e 03 monitores capacitados, envolveu um espaço de fala, interação e psicoeducação acerca das principais questões que rodeiam o período gravídico-puerperal durante seis encontros, no horário noturno, sendo uma vez por semana com duração de 2h. O protocolo envolveu: 1º momento (acolhimento, dinâmica para o levantamento de expectativas, feedback do encontro), 2º ao 5º momento (acolhimento, dinâmica e psicoeducação sobre temas escolhidos, prática de relaxamento, feedback do encontro) e no 6º momento (acolhimento, psicoeducação sobre o fenômeno do babyblues e a depressão pós-parto, dinâmica de encerramento, feedback do encontro). Ao longo de 2019, foi registrada a procura de dez grávidas que demonstraram interesse pela proposta, mas evidenciaram dificuldades na adesão ao grupo, pelo fato de residirem distantes do local da intervenção, pelo turno oferecido, por estarem passando por uma gestação de risco e por ter sofrido um aborto espontâneo. Ao final, a experiência contou com a participação efetiva de 04 grávidas que avaliaram positivamente a oportunidade de troca de vivências entre elas, mediada por psicólogas, e o impacto dessa atenção no cuidado à sua saúde mental. Conclui-se dessa experiência piloto que há uma carência de intervenções nesse sentido, adaptadas às nuances desse grupo em especial, e do conhecimento acerca da psicologia perinatal.
Antônio Gabriel Araújo Pimentel De Medeiros
Parabéns pelo trabalho, Allane. Gostaria de saber se as alterações de humor naturais do período gravídico estiveram entre as demandas das participantes ou se vocês perceberam de alguma forma tais alterações como possíveis alvos da intervenção.
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Allane Borges
Obrigada Gabriel!
Na verdade, foi percebido que as maiores demandas foram a cerca dos medos em relação a maternidade e as modificações na rotina, sobretudo no que diz respeito ao retorno das atividades trabalhistas. Sendo assim, o medo e a insegurança foram temas bem trabalhados.