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Objetivou-se avaliar o efeito do sombreamento artificial sobre a produção e qualidade do leite de vacas da raça Girolando, bem como, avaliar o efeito do sombreamento artificial e natural sobre a temperatura retal e superficial de pele e úbere. Foram utilizadas nove vacas da raça Girolando que foram submetidas a dois tratamentos, sendo piquete com sombreamento artificial e natural (sombrite de tela plástica com provisão de 80% de sombra, sendo 8,0 m2 por animal e 121 m lineares de árvores) e piquete sem sombreamento. Durante o período experimental os animais receberam a mesma dieta (silagem de milho e concentrado), água e sal mineral ad libitum. O experimento foi realizado nos meses de julho a setembro de 2016. Os 90 dias experimentais foram divididos em 6 períodos de 15 dias em que os animais passaram de forma alternada por 3 períodos no piquete com acesso a sombra e 3 períodos no piquete sem sombreamento. Aferiu-se diariamente as temperaturas e umidade máxima e mínima nos piquetes com e sem acesso a sombra e na sala de ordenha. Do oitavo ao décimo quinto dia de cada período aferiu-se diariamente na ordenha da manhã e da tarde a temperatura retal e superficial da pele e úbere de cada animal. Realizou-se também a pesagem e coleta individual de leite dos animais para análise da composição química e contagem de células somáticas. Para a comparação das médias, dos parâmetros, entre os tratamentos foi utilizado o teste T a 5 % de probabilidade. Observou-se efeito positivo do sombreamento apenas sobre temperatura superficial da pele no período da manhã. A concentração de ureia foi menor quando as vacas foram mantidas sem sombreamento, não havendo diferença entre os tratamentos dos demais parâmetros. Estes resultados podem ser consequência do pequeno estresse imposto pelo ambiente nos diferentes tratamentos, associado à boa adaptabilidade dos animais ao calor. Conclui-se que não houve efeito do sombreamento sobre a produção e qualidade do leite de vacas da raça Girolando