A remoção de nutrientes é classificada como uma etapa terciária no tratamento de águas residuárias, e, em sistemas focados na depuração de efluentes domésticos e/ou industriais, este processo normalmente é caracterizado como mais oneroso e de execução complexa, principalmente, quando se objetiva a construção e operação de sistemas simplificados para tratamento em pequenas comunidades. Dentro deste quadro, compostos fosfatados são conhecidos como ávidos participantes nos processos de eutrofização de ambientes aquáticos, sendo que, em muitos casos, atribuem-se níveis maiores de significância em impactos ambientais associados a eutrofização com relação direta com a concentração de compostos baseados em P, muito mais do que aqueles contendo N, visto que o P não se encontra disponível em concentrações elevadas em ambientes hídricos, ao contrário do N, que pode ser amplamente encontrado e convertido a partir da matriz atmosférica global. Logo, torna-se necessária a remoção e/ou controle de compostos fosfatados para que não sejam descartados no ambiente por meio de sistemas de tratamento que operem inadequadamente ou ineficientemente. Este trabalho tem como objetivo avaliar a capacidade de substratos filtrantes como, por exemplo, a areia baseada em silicatos (utilizada em filtros convencionais), em adsorver e/ou precipitar compostos fosfatados, evitando, ou ao menos minorando, impactos ambientais provenientes de “bloom algal”.