Dissecando os girinos da tribo Cophomantini (Anura, Hylidae): morfologia comparativa e evolução larval na tribo

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Apresentação Oral
  • Eixo temático: Anatomia comparada
  • Palavras chaves: anfíbios; Larvas; Anatomia comparada; Evolução; morfometria geométrica;
  • 1 Universidade Federal de Minas Gerais

Dissecando os girinos da tribo Cophomantini (Anura, Hylidae): morfologia comparativa e evolução larval na tribo

Tiago Pezzuti

Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo

Recentes avanços na sistemática da tribo Cophomantini têm fornecido um novo cenário para a compreensão da evolução de características fenotípicas deste grupo. Neste estudo investigamos aspectos evolutivos dos girinos dessa tribo. Para isso, descrevemos comparativamente a morfologia externa, cavidade bucal e o sistema musculoesquelético de girinos de 84 espécies, representantes da maioria dos grupos de espécies reconhecidos. Caracteres foram otimizados na filogenia mais inclusiva proposta para o grupo. Os girinos apresentaram notável variação morfológica externa e de anatomia interna, evidenciando padrões informativos de distribuição em diversos níveis da filogenia. Sinapomorfias larvais putativas foram recuperadas para clados anteriormente suportados apenas por transformações moleculares (e.g. Myersiohyla e Bokermannohyla), ou por poucas diagnoses morfológicas de adultos (e.g. Aplastodiscus, Hyloscirtus). Encontramos evidências de que a evolução de características morfológicas está relacionada aos tipos de habitat em que os girinos ocorrem. Dois padrões gerais de evolução são claros em Cophomantini: 1) evolução, em diversos eventos, de características relacionadas a ambientes de fluxo rápido (e.g., aumento do tamanho disco oral e da fórmula oral, diminuição dos intervalos nas papilas marginais, aumento da porção anterior do condrocrânio, músculos espinhais e mandibulares) em espécies de altitude; 2) eventos independentes de redução de caracteres do disco oral, com redução conjunta da robustez do esqueleto e músculos associados, provavelmente relacionados a mudanças de ambientes lóticos para lênticos, em clados de áreas baixas. Esses resultados reforçam a importância da compreensão da evolução dos girinos para esclarecer a diversificação do grupo na região neotropical.

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Autor

Tiago Pezzuti

Oi Diogo, muito obrigado, Diogo! Feliz que tenha curtido! Sim, cheguei a fazer umas correlações, mas ainda não tinha a filogenia mais completa. Um problema que temos é a falta de dados habitat pra grande maioria desses bichos, a não ser aqueles categóricos bem gerais. Mas a ideia é ótima, quem sabe pro artigo consigo fazer algo. Abração

Diogo B. Provete

Legal demais! Pois é, categorias mesmo gerais assim já são suficientes. 

boa sorte!