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Caracterização de Pectinases Produzidas pelo Fungo Termofílico Rasamsonia emersonii BC

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Introdução: As substâncias pécticas são constituídas principalmente por resíduos de ácido galacturônico ligados por ligações α (1→4). As pectinas, constituintes da lamela média e de parede celular de vegetais são degradadas por enzimas chamadas pectinases, as quais têm sido usadas na indústria de alimentos, têxtil e de extração. O presente trabalho visou à produção de pectinases pelo fungo termofílico Rasamsonia emersonii BC, bem como a caracterização de poligalacturonases em função de suas propriedades bioquímicas. Métodos: as enzimas foram obtidas a partir de FES, contendo substratos como bagaço de laranja e de cana. Logo, foi realizado o estudo bioquímico dessas enzimas, como testes de atividade envolvendo e temperaturas variados. Com o conhecimento das melhores condições para a atividade enzimática, foi testada também a estabilidade, incubando-as na mesma faixa de pHs por 24h, e nas diversas temperaturas por 1h. Resultados: A combinação da laranja com a cana favoreceu a produção, pois o bagaço de cana favorece a aeração e a troca de calor do meio, reduzindo a compactação do substrato. Com relação à caracterização da enzima, a maior atividade ocorreu na faixa de pH entre 4,5 e 5,5, e na faixa de temperatura entre 55 e 60°C. A enzima manteve entre 95 – 100% da atividade entre pHs 3,5 - 5,5, visto que a máxima estabilidade (99,6%) foi observada no pHs 5,0. Com relação a estabilidade nas variadas temperaturas de incubação, a PG teve manteve 100% da sua atividade após incubação nas temperaturas de 35 a 50°C, visto que a 55°C sua atividade decresceu a 73,3%. Conclusões: a utilização de resíduos agroindustriais é essencial para um aumento na atividade enzimática, por permitir a aeração e a troca de calor no substrato. O rendimento enzimático do extrato bruto foi superior a resultados da literatura, estimulando estudos mais específicos com o fungo em questão.