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Introdução: A utilização de bactérias promotoras de crescimento vegetal é uma prática que vem tomando grandes dimensões no Brasil e no mundo, pela capacidade de gerar maior rendimento e sustentabilidade no setor da agricultura. Dentre os diversos gêneros apontados como benéficos na interação com as culturas, os rizóbios estão entre os mais utilizados na prática de inoculação por possuírem metabolismo relacionado com a produção de fitormônios, solubilização de fosfatos e realizarem fixação biológica do nitrogênio. A interação química entre microrganismos é bem conhecida, e designa-se quorum sensing, quando, através de sinais químicos (ex. N-acil homoserina lactonas ou AHL), microrganismos de uma mesma comunidade interagem entre si, desencadeando atividades relacionadas à ocorrência de níveis populacionais elevados, como motilidade, secreção de substâncias, expressão e/ou inibição de determinados genes. Nos últimos anos, têm-se evidenciado que as plantas são capazes de reconhecer estes sinais liberados pelos microrganismos na rizosfera e que modulações metabólicas ocorreriam em resposta à estas moléculas. Métodos: Para analisar a interação entre o Milho, Rhizobium sp. 8.1.2.1 e AHL, as sementes de milho foram desinfestadas e pré-germinadas de maneira asséptica por dois dias a 28 ºC em placas de petri com papel germitest umedecido. Posteriormente foi realizada a transferência das plântulas para tubos com ágar-água 5% esterilizados e com pH ajustado para 6. Paralelamente, foi preparada uma cultura de Rhizobium sp. 8.1.2.1 em meio YM por 48 horas a 28 ºC sob agitação orbital (150 rpm), ajustada para D.O (640 nm) de 0,1 para uso como inoculante. Após a transferência das plântulas, foram implementados 6 tratamentos com 15 repetições cada: controle (sem adição de AHL e sem inoculação); RH: inoculação de 1,0 mL de Rhizobium sp. 8.1.2.1; RH+AHL1204: inoculação de Rhizobium sp. 8.1.2.1 e adição de 0,4 ug 3-oxododecanoil-AHL; RH+AHL1216: inoculação de Rhizobium sp. 8.1.2.1 e adição de 1,6 ug 3-oxododecanoil-AHL; RH+AHL1404: inoculação de Rhizobium sp. 8.1.2.1 e adição de 0,4 ug 3-oxotetradecanoil-AHL; RH+AHL1416: inoculação de Rhizobium sp. 8.1.2.1 e adição de 1,6, ug 3-oxotetradecanoil-AHL. As plantas foram coletadas 15 dias após a transferência para os tubos, seguindo para as determinações da arquitetura de raízes (programa GiaRoots) e produção de biomassa (parte aérea e raízes). Os resultados foram submetidos a teste de tukey a 5% de significância. Resultados : A inoculação de Rhizobium sp. 8.1.2.1 influenciou positivamente o desenvolvimento das plantas de milho, quando inoculado sem adição de AHL ou adicionado de 3-oxododecanoil-AHL na concentração de 1,6 ug planta-1. A adição de 3-oxododecanoil-AHL na concentração de 0,4 ug planta-1, ou a adição de 3-oxotetradecanoil-AHL em qualquer concentração, não resultou em efeito significativo sobre o desenvolvimento radicular ou acúmulo de biomassa vegetal. Não houve diferença estatística entre os tratamentos para o peso seco de raízes. Conclusões: A inoculação do milho com Rhizobium sp. 8.1.2.1 promoveu incremento no desenvolvimento da planta, e a adição de moléculas de quórum sensing interfere na interação planta-bactéria conforme o tipo de molécula e concentração aplicada ao sistema.
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