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Apresentação/Introdução
Desde a Constituição de 1988 a saúde é entendida como um direito de todo cidadão. Pessoas com deficiência encontram diversas barreiras para acessar os serviços de saúde, sendo o caso da surdez de grande complexidade pelo hiato na relação entre o profissional e a pessoa atendida: comunicar-se. Na saúde mental, a comunicação é um importante instrumento de trabalho, constituindo-se um grande desafio.
Objetivos
Analisar o acesso de pessoas surdas com demandas em Saúde Mental a serviços de saúde, identificando barreiras e as principais formas de comunicação utilizada e possíveis dificuldades dos profissionais.
Metodologia
Optou-se pela utilização de metodologia qualitativa. Dada a escassez de estudos anteriores e a especificidade da temática optou-se por abordar a questão através do método de estudo de casos múltiplos (4 casos) que enquanto método de pesquisa contribui para a investigação inicial em temas complexos possibilitando a formulação de hipóteses e de problemas. O método do caso traçador tem como principio ideia de que usuários dos serviços de saúde vinculam-se a seus territórios de maneira bastante singular e mais ampla do que somente ao serviço de saúde, buscando portanto compreender os caminhos pelos quais os usuários trilham seus cuidados.
Resultados
Numa primeira aproximação com o campo, salta aos olhos o quanto na experiência dos profissionais o contato com um usuário surdo representa um enorme desafio, gerando a necessidade de invenção de maneiras diferentes para receber o surdo, como o desenvolvimento de sinais caseiros na comunicação entre usuário e equipe, presença de profissional intérprete e de familiar para mediar a comunicação. Um outro item presente no discurso dos profissionais é a dificuldade de contar com outros elementos da rede de serviços para fazer os encaminhamentos, pela dificuldade de encontrar dispositivos de saúde e educação acessíveis. Esta pesquisa ainda está em andamento.
Conclusões/Considerações
As considerações são parciais, considerando-se que a pesquisa ainda não foi concluída. Receber uma pessoa surda com demandas em saúde mental representa um grande desafio e os CAPS têm utilizado estratégias e formas de comunicação diversas. Nota-se que a própria realização da pesquisa constitui-se como uma intervenção, na medida em que tem levado os profissionais da equipe a trocarem sobre as especificidades de receber no serviço uma pessoa surda.
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