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Resumo

Apresentação/Introdução
A rede hospitalar no estado RJ em 2012 sofreu fortes abalos. Foram municipalizados os hospitais Albert Schweitzer e Rocha Faria, o Azevedo Lima estava sem emergência e leitos. O Anchieta e São Sebastião foram fechados, assim como Hospital Central do Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (IASERJ). Estima-se que desde 2005 foram desativados sete mil leitos no estado


Objetivos
Este trabalho analisa o processo de desativação do Hospital Central do IASERJ, entre 2007 e 2012, em particular as representações sociais nos movimentos de resistência dos servidores e o desfecho no âmbito do jurídico e a impunidade do gestor.


Metodologia
A teoria de base é a questão da comunicação e o uso da violência para manter os valores do poder econômico no modo de entender, registrar e intervir na sociedade. Estratégias que os gestores da saúde vêm adotando com o apoio dos veículos de comunicação e a lentidão do judiciário. Situação que se relaciona com questões de ordem histórica, científica e política. Com este aporte, determinam a visibilidade seletiva de fatos, as explicações e as medidas sanitárias que afetam a perspectiva social da crise da saúde. Através de análise documental de atas, relatórios e registros de mídia escrita, o processo do IASERJ será descrito por uma linha do tempo que ilustra a ação pública no RJ


Resultados
Em 2007 a ALERJ destinou R$10 milhões para o IASERJ e o prédio foi doado ao INCA. Em 2008 unidades do IASERJ municipalizadas são repassadas à Organização Social. Em 2010, 718 equipamentos foram doados. Em 2011 o atendimento abrangia 100 mil usuários com 12 mil consultas/mês. Em 2012 foi ocupado por servidores e familiares e a justiça vinculou a transferência paulatina de pacientes à informação pública com 48h de antecedência. Em 13/07 cartazes foram afixados e na madrugada de 14/07 foram removidos 52 pacientes sob Tropa de Choque da Polícia Militar e profissionais sem identificação. O governo refere que a transferência foi tranquila e na mídia há relatos de violência e uso de força bruta.


Conclusões/Considerações
A violência no IASERJ expressa um modus operandi que conflita com direitos humanos e ainda persiste no RJ. Processos do Min Público foram extintos por perderem o objeto, o governo condenado a repor 349 leitos de UTI não obedeceu, nem pagou multas. Após a demolição, obras estão paradas desde 2015 por envolvimento com a Lava Jato. Insucessos da reação social e apoio midiático expressam compromisso em salvaguardar os interesses do capital na saúde.

Instituições
  • 1 UERJ
Eixo Temático
  • Violências e Saúde