“RODA DE CONVERSA: O SUICÍDIO E A COMUNIDADE LGBT” – UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE (UNESC) NA CAMPANHA DO SETEMBRO AMARELO

Vol 1, 2018 - 102795
Comunicação Oral Curta
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Resumo

Período de Realização
A atividade foi realizada em 27 de setembro de 2017, das 19h às 22h, na UNESC.


Objeto da Experiência
A roda de conversa acerca da temática do suicídio envolvendo pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) é nosso objeto da experiência.


Objetivos
Propiciar espaço de debate qualificado e trocas de vivências acerca da temática do suicídio em pessoas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) em virtude da campanha “Setembro Amarelo”, que marca a prevenção ao suicídio.


Metodologia
A atividade aberta foi planejada em parceria com setores da UNESC, Secretaria Municipal de Saúde e movimentos sociais (estudantil, LGBT) a partir da necessidade de dar visibilidade à temática do suicídio. Profissionais da saúde explanaram acerca de sua prática com o tema do suicídio e aspectos transversais relacionados a sua incidência em pessoas LGBT. Em seguida foi aberto debate para as pessoas da plenária, visto que a roda de conversa foi inviabilizada pelo excessivo quantitativo de pessoas.


Resultados
Na impossibilidade de realizar a roda de conversa, profissionais da área de saúde mental e da militância LGBT realizaram uma mesa redonda, apresentando dados sobre o suicídio e sua incidência em pessoas LGBT. No momento do debate muitas pessoas LGBT deram depoimentos acerca de suas vivências marcadas por violências e silenciamentos, o que transformou o momento em um espaço de promoção de saúde mental. Ressaltou-se a importância e necessidade de continuidade dessa proposta de atividade.


Análise Crítica
Pesquisa de 2011 (Columbia) divulgou que adolescentes gays são 5 vezes mais propensos ao suicídio. A UFAL (Alagoas-2013) elencou que dentre os motivos alegados para tentativas de suicídio entre LGBT, preconceito e sentimento de indiferença se destacam. Invisibilidade e silenciamento em espaços de socialização são violências às quais pessoas LGBT são submetidas por estarem fora dos padrões impostos para “normalidade”. A universidade tem buscado construir espaços de acolhimento e de escuta.


Conclusões e/ou Recomendações
É papel da universidade a formação de profissionais voltados para a cultura de paz e para os direitos humanos. Nesses espaços, também, ações afirmativas relativas à diversidade sexual podem ser implementadas com intuito de combater todas e quaisquer formas de preconceito e discriminação. Propiciar espaços de acolhimento e trocas pode garantir não somente o acesso, mas a permanência de alunos e alunos nas instituições de ensino.

Instituições
  • 1 UNESC
  • 2 Doutora em Ciências da Saúde. Professora de Graduação e do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva – Mestrado Profissional (PPGSCol), da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Líder do Grupo de Pesquisa em Gestão do Cuidado, Integralidade e
Eixo Temático
  • Gêneros, Sexualidade e Saúde