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RELATO DE CASO: IMPLANTAÇÃO DE AUDITORIAS PARA AVALIAÇÃO DE CHECK LIST DE CIRURGIA SEGURA EM CENTRO CIRÚRGICO DE HOSPITAL ONCOLÓGICO

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Elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o Manual Cirurgias Seguras Salvam Vidas debate sobre alguns problemas encontrados mundialmente na promoção da segurança cirúrgica e propõe um padrão de segurança que possa ser aplicado em qualquer cenário mundial: um check list de cirurgia segura, com 3 momentos de "pausas cirúrgicas?, denominadas Sign In, Time Out e Sign Out, onde as equipes envolvidas no procedimento confirmam dados sobre o paciente, a cirurgia e os equipamentos disponíveis. Dada a importância da aplicação dessas etapas para alcance dos objetivos essenciais de uma cirurgia segura, foi implantado este processo no Centro Cirúrgico de um Hospital Oncológico. Todas as salas cirúrgicas receberam um quadro com as informações estabelecidas pela OMS nas 3 etapas e o seu preenchimento, no momento devido, é feito para todos os pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos eletivos ou de urgência. A partir de seu início em janeiro de 2014, uma auditoria interna evidenciou a conformidade do processo por meio de observações diretas da aplicação do check list. Dois impressos foram criados para coleta de informações baseados nos itens confirmados nas duas primeiras etapas: Sign In e Time Out. A partir da média de cirurgias realizadas por dia no centro cirúrgico estipulou-se o n mensal de 35 observações para cada etapa. Dentre as dificuldades encontradas durante a aplicação do check list de cirurgia segura podemos citar: preenchimento inadequado de itens obrigatórios do check list; realização das pausas no momento correto; adesão das equipes médicas. Entretanto, conforme os resultados mensais das auditorias eram divulgados e, os devidos alinhamentos na execução do processo eram feitos, as não conformidades foram diminuindo gradativamente. A primeira etapa, Sign In, apresentou média de 66% de conformidade em 2014, aumentando para 83% em 2015 e para 96% em 2016. O mesmo foi observado na segunda etapa, Time Out, com presença de 73% de conformidade em 2014, 81% em 2015 e 86% em 2016. Desta forma, por meio deste relato podemos evidenciar a utilização das auditorias na melhoria continua de processos do check list de cirurgia segura na comunicação entre equipes.Referência: Organização Mundial da Saúde. Segundo desafio global para a segurança do paciente: Cirurgias seguras salvam vidas. Rio de Janeiro, 2009.