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Identificação Segura do Paciente: relato de experiência

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O tema segurança do paciente ganhou muita relevância nas últimas décadas, fomentado pela melhoria da qualidade dos serviços de saúde. Em 1999, a partir da publicação do Instituto de Medicina dos Estados Unidos, "Errar é Humano: Construindo um Sistema de Saúde Mais Seguro?, o assunto repercutiu fortemente nas Organizações de Saúde. De acordo com a National Patient Safety Agency (NPSA), entre fevereiro de 2006 e janeiro de 2007, foram registrados 24.382 relatórios de situações incompatíveis com os cuidados dos pacientes e, estima-se que aproximadamente, 2.900 destes incidentes estejam relacionados ao uso de pulseiras de identificação, como a ausência destas ou registros de informações incorretas nelas. É evidente que a identificação incorreta induz a uma série de eventos adversos ou erros, envolvendo administração de medicamentos e hemocomponentes, realização de procedimentos ou cirurgias e exames laboratoriais, radiológicos, dentre outras situações possíveis. A atenção pediátrica exige ainda um maior cuidado, uma vez que nem sempre a criança é capaz de confirmar sua identificação. Neste sentido, é de fundamental importância a sensibilização e educação dos profissionais de saúde para a importância da identificação correta, com intuito de tornar a prática de identificação segura rotineira das atividades assistenciais. O presente estudo relata, em uma abordagem qualitativa, a experiência de um hospital público pediátrico de Brasília na implantação da meta de identificação correta, por meio de uma dinâmica de simulação realística de atendimento a gemelares idênticos. Observou-se que a técnica e abordagem utilizadas gerou grande impacto de sensibilização, despertando nos participantes o interesse em aprender sobre a meta e a consciência do risco associado.