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A consulta de enfermagem de início como ferramenta de acolhimento e planejamento do cuidado na radioterapia

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Introdução: O diagnóstico do câncer, assim como seus tratamentos geram dúvidas, inseguranças, medos, e outros sentimentos. Neste contexto, a consulta de enfermagem torna-se uma ferramenta importante que auxiliar no esclarecimento de dúvidas, facilita o entendimento do paciente e família sobre a radioterapia, identificar possíveis fatores interferentes, promover o acolhimento humanizado, realizar avaliação clínica e dar suporte ao plano de cuidados. Objetivo: Relatar experiência de implantação da consulta de início de tratamento no setor de radioterapia de uma instituição pública do Estado de São Paulo. Método: A consulta de início ocorre um dia antes do começo da radioterapia, no dia do portal. Nela, o enfermeiro verifica o conhecimento do paciente sobre o tratamento proposto, aplica o plano educacional, confirma o agendamento de quimioterapia concomitante, verifica todos os agendamentos previstos ao longo do tratamento e faz as adequações necessárias. Além de reforçar os cuidados com a pele, os possíveis efeitos adversos e a necessidade de adesão ao atendimento multidisciplinar. Resultados: Após a sua implantação foram atendidos em média 239 pacientes/mês e em 2016, foram 2.865 consultas. Identificou-se que a grande relevância dessa consulta é o acolhimento nessa fase do tratamento, que facilita a criação de um vínculo de confiança entre os pacientes, familiares e o enfermeiro. Além disso, outros pontos relevantes são: a promoção do planejamento da assistência individualizada, integral, e humanizada, o auxílio no preparo do paciente e família para a identificação precoce dos efeitos adversos e a identificação de falhas e quase-falhas. Considerações finais: Os pontos da consulta de início são avaliados durante as consultas de revisões semanais das equipes multidisciplinares durante todo o tratamento e, os problemas, resolvidos em tempo. A consulta do enfermeiro de início de tratamento diminui as dúvidas existentes do paciente e família, previne a perda de concomitância e, por meio do vínculo estabelecido logo no início do tratamento, promove a melhor aderência do paciente à radioterapia. Referência bibliográfica. BLECHA, F.P; GUEDES, M.T.S. Tratamento de Radiodermite no Cliente Oncológico: Subsídios para intervenção de enfermagem. Revista Brasileira de Cancerologia, 2006; 52 (2): 151-163.