Thermodynamic and Structural Description of Relative Solubility of Rutin by DFT Calculations and Molecular Dynamics Simulations

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  • Presentation type: Apresentação de Pôster / Poster Communications
  • Track: Computational Chemistry
  • Keywords: dinâmica molecular; DFT; Solubilidade; flavonóides;
  • 1 Universidade Federal Fluminense
  • 2 Departamento de Química Inorgânica / Instituto de Química / Universidade Federal Fluminense
  • 3 Miami University

Thermodynamic and Structural Description of Relative Solubility of Rutin by DFT Calculations and Molecular Dynamics Simulations

Haroldo Candal da Silva

Universidade Federal Fluminense

Abstract

A solubilidade da rutina é muito baixa no solvente biológico (água), o que limita a exploração de suas atividades biológicas relevantes.
Os cálculos DFT e de Dinâmica Molecular podem gerar resultados termodinâmicos e estruturais importantes sobre o processo de solvatação da molécula de um determinado soluto.
Os resultados DFT (levando em consideração o efeito do solvente pelo modelo do contínuo polarizável) para as energias livres de solvatação da rutina em diferentes solventes descrevem bem as variações da solubilidade desse flavonoide.
Simulações de Dinâmica Molecular foram realizadas e a energia livre de solvatação foi estimada pelo método perturbativo MBAR. Os resultados também condizem com os valores experimentais.
As funções de distribuição radial e espacial (RDF e SDF) mostram que a solvatação da rutina é favorecida em solventes capazes de interagir com grupos hidrofílicos e hidrofóbicos, como os álcoois de baixa massa molecular.
A decomposição da energia livre de solvatação calculada pelo método MBAR nas parcelas eletrostáticas e dispersivas mostra que ambos os tipos de interação favorecem a solvatação do flavonoide, como ocorre nos álcoois de cadeia pequena, o que é condizente com as previsões da análise estrutural.

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Haroldo Candal da Silva

Olá Lucas, obrigado pela pergunta, muito relevante por sinal. Vou destacando em negrito o que eu gostaria de enfatizar.

De fato o modelo escolhido para simular a presença do solvente afeta muito a energia do sistema. A grande vantagem das simulações MD é que ela considera o solvente explicitamente, as interações se formam por conta das atrações entre as cargas e o campo de forças se encarrega de contabilizar essas interações energeticamente nas várias conformações que a dinâmica acessa ao longo da simulação. Quando migramos para cálculos DFT, como você bem citou, perdemos espaço conformacional, porque a otimização alcança um mínimo da PES e as correções térmicas são calculadas para esta geometria congelada, no meio de um contínuo com uma certa constante de polarização. Ou seja, ganhamos acurácia com a Mecânica Quântica, mas perdemos ao considerar o solvente de forma mais aproximada e confiar em apenas uma geometria, obtida no cálculo de otimização.

Por isso o modelo PCM (sem as importantes keywords DIS REP CAV) não forneceram um bom acordo. A importância da energia livre associada à criação da cavidade no meio do solvente é realmente muito importante e o acordo com o experimento foi maior quando incluímos essas contribuições extras pelas keywords DIS REP CAV. O modelo SMD é o mais indicado para cálculos de energia livre de solvatação (por isso ele foi incluído no trabalho) e o acordo foi razoável para os solventes de mesma natureza (metanol, etanol, 1-propanol, ...), mas de fato não foi bom para os dois principais solventes dessa investigação: água e metanol (quando saímos de um solvente inorgânico para um orgânico). Eu não acho que seja uma limitação do modelo de solvatação... Acredito que essas energias dependem muito da geometria usada, ou seja, pode ser que a rutina mereça uma boa análise conformacional em SMD e não apenas um cálculo de otimização como fizemos. Talvez alguns cálculos de scan nos diedros, fazer várias otimizações diferentes para ver se há outras geometrias mais interessantes.

Uma outra abordagem que temos feito é a extensa análise conformacional acoplada com RMN, como fizemos na rutina mesmo, em PCM [1]. Me deu vontade de repetir o trabalho desse artigo em SMD, mas isso dá uma bela dor de cabeça rs. 

  1. "De Souza, Leonardo A., Haroldo C. Da Silva, and Wagner B. De Almeida. "Structural determination of antioxidant and anticancer flavonoid rutin in solution through DFT Calculations of 1H NMR chemical shifts.ChemistryOpen 7.11 (2018): 902."

Lucas Andrade Silva

Obrigado pela resposta bem completa Haroldo! Parabéns e sucesso na sequência dos trabalhos!

Author

Haroldo Candal da Silva

Olá, muito obrigado pela pergunta.

Usamos 14 janelas em cada solvente, sendo as primeiras 10 considerando apenas as interações dispersivas, intensificadas no modelo pelo valor de λ e as últimas 4 janelas considerando as interações eletrostáticas, controladas por outro valor de λ. 

Guilherme Duarte Ramos Matos

Muito obrigado e, mais uma vez, parabéns! Eu imagino a quantidade de simulações que foram rodadas para esse trabalho!

Só por curiosidade, como vocês definiram esse \lambda schedule? É algum tipo de protocolo padrão?
Outra dúvida: qual pacote vocês usaram para o MBAR ou vocês desenvolveram código próprio?

Author

Haroldo Candal da Silva

Sim, realmente foram muitas simulações e cálculos DFT.

O lambda dispersivo foi tomado de 0 a 1 (0.1 em 0.1) e o eletrostático de 0 a 1 (seguindo a lógica quadrática 0.5, 0.71, 0.87 e 1).

Para o MBAR nós usamos o código PyMBAR.

Author

Haroldo Candal da Silva

Olá, obrigado pela sugestão e você tem toda a razão... Vou precisar gerar o n(r) para fazer a discussão sobre o número de moléculas ao redor do solvente. Vou revisitar os dados, gerar a curva de n(r) ao lado de g(r), salvo no GDrive e posto no link aqui nos comentários para ver como ficou. Realmente é preciso tomar cuidado com essas definições para não gerar interpretações equivocadas.