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SENTIDO, SENSÍVEL, PRÁTICAS SOCIAIS E O DOMÍNIO DE “SI”
Aledyson Marques
Universidade Estadual de Campinas
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Crie um tópicoEsta comunicação pretende abordar a questão do sentido produzido pela linguagem do ponto de vista do sensível, considerando este estado sensível as transformações incorporais imediatas produzidas no corpo pelo efeito da linguagem em relação a um enunciado. Tais colocações são postas por Deleuze (1969), e por Deleuze e Guattari (1980), a partir da ideia de incorporal tomada dos filósofos estóicos. Entendemos, a partir das colocações de Guimarães (2002, 2018), que há nesta relação de sentido produzido pela linguagem um funcionamento político. Em nossa dissertação de mestrado, Marques (2018), procuramos relacionar às questões colocadas por Guimarães (2002), em relação ao funcionamento político da linguagem às colocações de Deleuze e Guattari sobre as transformações incorporais produzidas pelo efeito da linguagem, deslocando a ideia de político como confronto e dissenso que deriva de uma divisão normativa e desigual do real, e a redivisão em busca da ideia de pertencimento que se dá na disputa pela fala, pensamento desenvolvido por Guimarães, para o domínio deste estado sensível (incorporal) produzido pelo efeito da linguagem. Ou seja, podemos pensar que o primeiro confronto ou divisão se dá no Locutor através do próprio funcionamento dos Lugares de Enunciação que Guimarães caracteriza em seu trabalho. Portanto, o objetivo desta comunicação é refletir sobre os “papéis sociais” como lugar de confronto na produção de “Si”, sendo eles construídos por enunciados estão diretamente relacionados ao funcionamento semântico que expomos de forma breve através da ideia de Lugares de Enunciação desenvolvida pela Semântica do Acontecimento. Ao realizarmos nossa exposição, pretendemos considerar que este conflito produzido pelos lugares de enunciação habitam o corpo e resultam em estados sensíveis, e que embora as práticas sociais produzam sujeitos e modos de existir, ser identificado por eles não cria uma identidade, mas um conflito, um processo de segmentarização e binarização que segundo Deleuze e Guattari (1980), resultam num movimento de estratificação do corpo. Buscando operar não como uma noção de sujeito, mas sim com uma ideia de produção de “Si”, que vai ser significado de acordo com a construção dos lugares de enunciação produzidos no agenciamento, apontaremos este funcionamento entendendo que o corpo é a casa onde habita este conflito, e o político se encontrar neste domínio do sensível.
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