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ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA SURDOS: UMA ABORDAGEM SOCIOINTERACIONISTA E DISCURSIVA DE LINGUAGEM COM BASE NA PESQUISA CRÍTICA DE COLABORAÇÃO (PCCol)
Lucineide Machado Pinheiro
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
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Crie um tópicoSegundo as orientações da política nacional de ensino-aprendizagem o ensino de Língua Portuguesa deve ser desenvolvido a partir das abordagens discursiva e sociointeracionista de linguagem, nas quais o texto é considerado como unidade básica de ensino. Espera-se que o professor de Língua Portuguesa desenvolva sua prática, portanto, fundamentado nas concepções de linguagem, texto e discurso. Em relação à educação inclusiva, de modo particular direcionado aos alunos surdos, foco deste trabalho, pressupõe-se, ainda, que o professor utilize a Língua Brasileira de Sinais – Libras enquanto instrumento de comunicação, mas, também, de instrução, visto que é por meio desta língua que os surdos constituem a sua subjetividade e constroem conhecimentos, por meio das relações sociais que estabelecem. Ademais, orienta-se o desenvolvimento de adaptações curriculares como forma de atender as peculiaridades de aprendizagem destes alunos. Nessa perspectiva, este trabalho, que resulta de uma pesquisa de doutorado concluída, objetiva investigar se as abordagens discursiva e sociointeracionista de linguagem têm sido utilizadas no processo de ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa para surdos, e como as adaptações curriculares contribuem para essa finalidade. Apoiado na Teoria Sócio-Histórico-Cultural de Vygotsky (1924-1934), na política nacional de ensino-aprendizagem e em autores que discutem as abordagens de ensino de Língua Portuguesa (Pereira, 2009; Góes, 2002; Kleiman, 2004 e Rojo, 2009) e temas adjacentes, como o ensino de leitura e escrita, este trabalho se encontra assentado na Metodologia da Pesquisa Crítica de Colaboração - PCCol (Magalhães, 2014), que possibilita intervir no lócus investigado, a fim de mudar situações contextuais que necessitem de outras perspectivas, mediante a reflexão crítica entre os participantes (pesquisador e pesquisado). Os dados foram produzidos a partir da observação das aulas de Língua Portuguesa de três professores que lecionam em salas que possuem alunos surdos matriculados, além da aplicação de sessões reflexivas e entrevistas. Os resultados revelam que o ensino de Língua Portuguesa permanece fundado em métodos tradicionais, cujo foco consiste na decodificação vocabular e na memorização de estruturas frasais descontextualizadas, sem adaptações curriculares, distanciando-se, assim, de uma concepção discursiva e sociointeracionista de linguagem. Além disso, apontam que o conhecimento prévio, bem como língua que os surdos utilizam (a Libras), na qual se apoiam para aprender a Língua Portuguesa são desconsiderados no processo. Contudo, indicam que a relação colaborativa entre os participantes contribui para implementar as adaptações curriculares e tornar significativo o processo de ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa.
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