DO CORPO SAUDÁVEL AO CORPO GLORIOSO: A MEMÓRIA RELIGIOSA E OS DISCURSOS SOBRE O IDEAL DE MAGREZA PARA O CORPO FEMININO 55 - MÍDIAS, MEMÓRIA, SENTIDO

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Detalhes
  • Tipo de apresentação: Simpósio Temático
  • Eixo temático: ST55 - MÍDIAS, MEMÓRIA, SENTIDO
  • Palavras chaves: corpo; Discurso; Memória Discursiva; Discurso midiático; Linguagem;
  • 1 Universidade Estadual de Campinas

DO CORPO SAUDÁVEL AO CORPO GLORIOSO: A MEMÓRIA RELIGIOSA E OS DISCURSOS SOBRE O IDEAL DE MAGREZA PARA O CORPO FEMININO 55 - MÍDIAS, MEMÓRIA, SENTIDO

Raija Camargo

Universidade Estadual de Campinas

Resumo

RESUMO: O objeto deste trabalho é a imagem do corpo feminino nos discursos em circulação na mídia, em particular, enunciados que ratificam o ideal estético de magreza e as práticas de ascese legitimadas pelo saber médico-científico competente. Alicerçadas no dispositivo teórico-analítico da Análise de Discurso, a pesquisa procura compreender de que modo tais discursos sobre o corpo promovem processos de identificação que dão uma forma particular à subjetividade feminina em nossa sociedade contemporânea ocidental, a partir de um corpus constituído por: a) entrevista aberta com um grupo heterogêneo, constituído por modelos e outras mulheres de idade, classe social e escolaridade diferentes; b) blog liderado por Ana Paula Barros e dirigido a mulheres jovens, com ensinamentos sobre a teologia judaico-cristã, em especial sobre a prática do jejum, a partir da doutrina estabelecida pelos Padres da Igreja e, c) enunciados sobre o corpo feminino em circulação na mídia que promovem práticas ascéticas para atingir o ideal do corpo saudável, fundamentadas pelo saber médico. A análise proposta visa mostrar que o discurso sobre o ideal estético vigente de magreza para o corpo feminino em circulação na mídia apresenta regularidades que indicam a inscrição desse discurso em uma memória religiosa ocidental do corpo significado nessa tradição ascética, -  cujo conceito de ‘corpo glorioso’ funciona como articulador de memória que sustenta o dizível para o sujeito, i.e o modo de existência histórico de um enunciado.

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