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O ESTILO CONSTRUTOR DO EFEITO DE SENTIDO EM NOTÍCIA: A SITUAÇÃO DE IMIGRANTES E REFUGIADOS VENEZUELANOS EM MANAUS
Aline Cristina Oliveira das Neves
Universidade de Brasília
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Crie um tópicoRenata Nobre Tomás
Parabéns, Aline, pela pesquisa. Em especial pela sua temática. A questão dos movimentos migratórios realmente tem se intensificado no mundo todo e é preciso também investigar essa problemática do ponto de vista da linguagem. Gostamos muito da forma como você organizou sua análise. Você relacionou muito bem as questões linguísticas da estilística, das escolhas lexicais e do discurso reportado com a produção dos efeitos de sentido das notícias analisadas. O que temos não é exatamente uma pergunta, gostaríamos que você comentasse mais sobre o efeito de sentido do emprego de “refugiado” na notícia do D24 AM e “imigrante” na Folha de S.Paulo.
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Aline Cristina Oliveira das Neves
Prezadas Renata e Lorena,
agradeço imensamente a devolutiva tão positiva e, na oportunidade, comento um pouco mais sobre a questão colocada.
Entende-se por imigrante àquele que adentra a um território, permanecendo nele; por refugiado, “um grupo específico de migrantes forçados, perseguidos em razão da raça, nacionalidade, religião, pertencimento a determinado grupo social ou defesa de certa opinião política, protegidos pela Convenção de 1951 relativa ao Estatuto dos Refugiados e que recebem proteção internacional garantida pela Agência da ONU para Refugiados” (SARTORETTO, 2018, p. 20). Assim, a escolha do lexema refugiado na (N1), em referência aos venezuelanos, aponta para o contexto de produção do texto. Essa escolha está intimamente ligada ao propósito do texto a que se vincula a dimensão estilística do significado na situação exposta. O foco da (N1) é na Operação Acolhida, e não nos sujeitos envolvidos. Com isso, optar por refugiado coloca o sujeito em posição de frágil cidadania, de estranho, àquele que precisa da proteção do Estado, do país ao qual está solicitando ajuda. Sugere, portanto, efeitos de sentido em que se tenta promover e enaltecer a ação do Estado protetor por meio da Operação Acolhida; e a fragilidade e a condição de subalternidade dos venezuelanos. Já o uso de imigrante na (N2), faz referência apenas àquele que veio do exterior.