Uso precoce de álcool e adolescência em conflito com a lei

Favoritar este trabalho
Como citar esse trabalho?
Detalhes
  • Tipo de apresentação: Painel
  • Eixo temático: Foco em saúde
  • Palavras chaves: Adolescência em conflito com a lei; Uso precoce de álcool; Dependência química; Adolescência em conflito com a lei; Uso precoce de álcool; Dependência química;
  • 1 Unifavip Wyden

Uso precoce de álcool e adolescência em conflito com a lei

Anamere Remígio Da Silva

Unifavip Wyden

Resumo

Objetivo: O estudo, que se trata de um trabalho de conclusão de curso, visou identificar os fatores atrelados ao consumo precoce de álcool por adolescentes em conflito com a lei. Métodos: Para levantar dados sociodemográficos e fatores predisponentes ao uso precoce do álcool utilizou-se uma entrevista estruturada sobre uso de álcool, o questionário sociodemográfico Critério Brasil, Escala de Ansiedade de Beck e Escala de Depressão de Beck. A pesquisa foi realizada com 31 adolescentes alfabetizados, do sexo masculino, internos da Fundação de Atendimento Socioeducativo em Garanhuns-PE. Resultados: O estudo não separou os adolescentes no regime fechado dos da semiliberdade. Reafirmando dados de estudos anteriores, os adolescentes em conflito com a lei pertenciam às classes sociais menos favorecidas (45,16% nas classes D-E), a quase totalidade deles está fora da série/idade esperada, em que 80,64% não havia terminado o ensino fundamental (assim como seus responsáveis). Em geral, os adolescentes apresentaram mais sintomas depressivos que ansiosos. 14 anos foi a idade média para início do consumo de álcool, majoritariamente em festas (54,83%), acompanhados de amigos (51,61%) e por vontade própria (74,2%) – embora 32,26 desses que afirmaram vontade própria terem admitido influências externas para o consumo, como “socializar” ou “por ver os outros bebendo”, 35,48% apontam que o fizeram em casa, com responsáveis presentes. Diferentemente das gerações anteriores, a amostra referida não compreendia o álcool como instrumento de afirmação de masculinidade. Conclusão: É possível entender como o álcool está presente na população desde muito cedo e o quanto isso é alarmante, dado que se relaciona a casos de dependência da substância em adultos. Foi possível observar semelhanças e diferenças entre a amostra utilizada e estudos semelhantes (bem como com a literatura clássica).

Questões (1 tópico)

Compartilhe suas ideias ou dúvidas com os autores!

Sabia que o maior estímulo no desenvolvimento científico e cultural é a curiosidade? Deixe seus questionamentos ou sugestões para o autor!

Faça login para interagir

Tem uma dúvida ou sugestão? Compartilhe seu feedback com os autores!

Autor

Anamere Remígio Da Silva

Boa noite, William (:

Fico feliz por ter assistido à apresentação e mais ainda por ter gostado, bem como por também se interessar pela área. Sua proposta de construir formas de intervenção a esse público me pareceu bastante interessante, inclusive gostaria de saber masi a respeito, se possível. Minha motivação para pesquisar surgiu do meu interesse em estudar o campo de "decision making" (no literal, tomada de decisões): eu vinha buscando entender o que faz com que as pessoas escolham. Nessa época acabei me interessando pela dependência (mas uma de forma geral, como tudo que ativasse o sitema de recompensa) e a partir disso direcionei para o uso de álcool.

Minha primeira pesquisa buscou saber os fatores comuns a usuários de um CAPS AD: considerando que os resultados apontaram (dentre outros pontos) para 1- majoritariamente do sexo masculino, 2- altos níveis de ansiedade e depressão e 3- baixa renda, decidi iniciar outra pesquisa (a apresentada) com o foco voltado ao início do consumo - que é, para maior parte dos alcoolistas, na adolescência. Eu queria entender quais fatores estavam envolvidos nessa escolha (primeiro consumo de álcool) e obtive os resultados apresentados (bem como dados novos comparando à literatura). 

No que diz respeito à amostra que estudei, não encontrei relação significativa entre uso de álcool e envolvimento com atos infracionais no que diz respeito a estar sob efeito da substância quando infracionaram (nesse sentido é mais apontado relação a outras drogas). Entretanto, mais de 92% dos convidados à entrevista já consumiram álcool (e boa parte só deixou de consumir pela reclusão de liberdade). Por outro lado, em se tratando se ser uma substância proibida para menores de idade e guiados pela necessidade de afirmação da identidade (próprio da faixa etária), aliada à tendência à transgressão, é possivel sim estabelecer essa relação álcool x ato infracional. A bebida ganha outra conotação e reafirma postura prévia.

Acredito ter esclarecido alguns dos pontos que questionou e fico à disposição para quaisquer outras dúvidas c:

William Bandeira Pedroso

Sim, esclareceu sim, obrigado!

Sobre minha proposta e minhas ideias de pesquisa, me envie um e-mail para conversarmos melhor: [email protected]