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Acompanhe as principais atualizações e discussões sobre os trabalhos publicados em JISE 2021!

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Victória Bernardino Coelho respondeu o tópico "Feminicidio e dados"

Publicação: VIOLÊNCIAS ENCENADAS: EFEITOS DO DISCURSO FOTOGRÁFICO NO INSTAGRAM

Victória, obrigada por compartilhar com a gente a tua pesquisa. E parabéns pelo percurso que você fez até aqui! Vou deixar algumas questões para que você continue refletindo sobre as questões em torno do feminicídio e o digital! Aí vão elas. 

Pensando na relação do feminicídio com a estatística, os dados podem significar “é mais uma”, produzindo apenas uma “quantidade”, sem singularidade. Quem é essa mulher? Como fazer significar a singularidade?

Fazendo a relação entre os “dados” estatísticos e os dados digitais que significam, hoje, a todos nós, e também pensando no modo de circulação dos discursos pelas redes sociais, já que as postagens são dados, as curtidas são dados, os compartilhamentos são dados, os comentários são dados, e dados capitalizados, como você pensaria a formulação: “é mais uma”? Você acha que as postagens relativas aos três blocos de imagens que você elegeu, circulam como dados ou como fatos?

Será que poderíamos considerar os dados um discurso da ausência? Ou seja, a homogeneização/diluição do sujeito singular, pelos dados, em série, não diria de uma ausência, de um real: o impossível?

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Ana Carolina Bernardino respondeu o tópico "sobre o corpus"

Publicação: O DIZER ECOA: análise discursiva de pichações

Olá, Ana Carolina e Rosemeri, boa tarde! Gostaria de agradecer a vocês pela apresentação e por todo o trabalho. Fiquei muito curiosa para ver mais do corpus de análise, pois o recorte tem uma especificidade que é o acontecimento das pichações nas universidades, ou seja, em um espaço institucional. Se pudessem falar mais sobre como se deu a construção do corpus, do recorte, quantas universidades foram observadas e a quantas pichações chegaram seria oportuno para pensarmos mais sobre o funcionamento discursivo da pichação no espaço institucional. Também, gostaria de perguntar se vocês observaram alguma regularidade e/ou temática em específico? 

Parabéns e obrigada!

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Ana Carolina Bernardino respondeu o tópico "Pichação, escritura da cidade e o político"

Publicação: O DIZER ECOA: análise discursiva de pichações

Ana Carolina e Rosemeri,

Gostei muito do trabalho de vocês. Parabéns pela pesquisa. Envio algumas reflexões para suscitar desde já um debate em torno do que o trabalho de vocês provocou. 

A pichação é uma escritura passível de criminalização. Pensando na produção de sentidos e seus efeitos, ela é criminalizada e também criminaliza o sujeito que a faz. Como você compreende esse gesto de escrita que se dá “no limite” do real da cidade, aquilo que escapa à urbanização enquanto lei? A pichação é um grito silencioso, mas estridente, que incomoda de qualquer maneira, que reivindica um lugar na cidade ou reivindica outra cidade? Outra universidade?

Pensando na relação entre sociabilidade e hostilidade, tal como Orlandi (2004) coloca em Cidade dos Sentidos, como você significa a relação de pertencimento à cidade desse sujeito que se marca no limite da segregação, já que “Cotas Sim” diz, justamente, de sujeitos segregados?

Todas essas questões podem se resumir na seguinte: Como o político está significando no gesto de pichar? O que é o político para você?

Orlandi (2001) diz que gesto é um ato no nível simbólico, que intervém no mundo, no real do sentido, como pichar pode ser compreendido a partir dessa afirmação?

Orlandi (2001, p. 25) diz: “Os gestos são atos no nível simbólico, diz M. Pêcheux (1969), e cita como exemplo assoviar em uma reunião, atirar bombas em uma assembleia, etc. Quando falo em gestos de interpretação, estou considerando a interpretação como prática simbólica, uma prática discursiva que intervém no mundo, que intervém no real do sentido.”