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VIOLÊNCIA AUTOINFLINGIDA EM RESIDENTES DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO: PERFIL DAS MORTES E TENTATIVAS DE SUICÍDIO

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O suicídio é um problema de saúde pública passível de prevenção e o conhecimento de sua magnitude possibilita qualificar as estratégias de enfrentamento. Objetivo: Apresentar o perfil das violências autoinflingidas dos residentes do MRJ. Metodologia: Levantamento de dados do suicídio do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) entre 2000 e 2015 e das tentativas de suicídio do Sistema de Agravos de Notificação (SINAN) nos residentes do MRJ entre 2010 e 2016. Resultados: Nas tentativas de suicídio houve aumento absoluto e proporcional das notificações: 12 para 1.276 violências autoprovocadas e 2,0 % para 13,3% em relação ao total de violências notificadas nos anos de 2010 e 2016. No ano 2016: 68,7% mulheres; 74,2% adultos - com maior proporção entre 20 e 29 anos (26,2 %); 29 % com histórico de tentativa de suicídio anterior; 68,1% com uso de substância (pesticidas - chumbinho, medicamentos), 70,6% ocorreu na residência. No suicídio: a proporção de mortes por suicídio tem apresentado aumento no total das causas externas (2,6% em 2010 -144 óbitos; 4,3% em 2015 -198 óbitos); sexo masculino apresenta maiores proporções (70,2%), taxas de mortalidade: 5,6 e 4,7 óbitos/100 mil, nos anos de 2010 e 2015, respectivamente. No ano 2015: 70,7% em adultos, com destaque para a faixa etária entre 20 e 29 anos. Chama atenção os idosos (60 anos ou mais) com 22,7% do total. Conclusão: Se por um lado, são os homens que se destacam nos dados da mortalidade, por outro, as mulheres chamam atenção nas notificações das tentativas de suicídio.