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VACINAÇÃO CONTRA FEBRE AMARELA EM ACADÊMICOS DA ÁREA DA SAÚDE NA BAHIA

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Objetivo: identificar fatores associados a não vacinação contra febre amarela (FA) entre universitários de um centro de ciências da saúde da Bahia. Métodos: realizou-se estudo transversal com aplicação de questionário estruturado em 575 discentes de todos os semestres dos cursos de enfermagem, nutrição, bacharelado interdisciplinar em saúde (BIS) e psicologia de uma universidade federal. Foi considerado/a não vacinado/a contra FA o/a discente que informou não ter tomado a vacina/não lembrar/ter se vacinado há mais de 10 anos. Para análise dos dados empregou-se estatística descritiva e como medida de associação a razão de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança ao nível de 95%. Em seguida realizou-se a regressão logística múltipla para modelagem dos fatores associados. O SPSS versão 20.0 foi utilizado. Resultados: encontrou-se uma população jovem (80% tinham entre 17-20 anos), de mulheres (78%) e pardos/as e pretos/as (77,8%). Referiram não ter se vacinado contra FA 41,9% dos estudantes. Entre esses, os menos protegidos/as foram aqueles/as que cursavam BIS (33,6%) contra 15,8% do curso de enfermagem. A regressão logística revelou que já ter tido algum evento adverso pós-vacinação e não cursar enfermagem se apresentaram associados a não vacinação contra FA (p<= 0,05). Conclusão: A Bahia vive, atualmente, uma situação emergencial, e mais do que nunca é preciso investir na formação desses discentes e programar intervenções emergenciais para comunidade acadêmica, pois, mesmo o SUS disponibilizando a vacina contra FA ainda lidamos com coberturas abaixo de 80% contribuindo para possível reurbanização da doença e menor proteção da coletividade.