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SUBNOTIFICAÇÃO DE CASOS\56 DE DENGUE NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO

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A SUBNOTIFICAÇÃO DE CASOS, SEJA PELA EXISTÊNCIA DE FORMAS OLIGOSSINTOMÁTICAS DA DENGUE, OU PELA MÁ QUALIFICAÇÃO DO SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, PREJUDICA A ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE E LENTIFICA A CAPACIDADE DE RESPOSTA ÀS EMERGÊNCIAS DE SAÚDE PÚBLICA. O OBJETIVO DESTE ESTUDO FOI INVESTIGAR A SUBNOTIFICAÇÃO DE CASOS DE DENGUE ENTRE 2011 E 2013 NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO. FOI REALIZADA UMA ANÁLISE DESCRITIVA DAS VARIÁVEIS DA FICHA DE INVESTIGAÇÃO DE DENGUE COM BASE EM REGISTROS DE CASOS SUSPEITOS. AS VARIÁVEIS COM MAIOR PERCENTUAL DE AUSÊNCIA DE REGISTRO FORAM: “ESCOLARIDADE” EM 65%, “EVOLUÇÃO” EM 49%, “CLASSIFICAÇÃO FINAL” EM 44% E “INTERNAÇÃO” EM 71%. EM RELAÇÃO A VARIÁVEL “CLASSIFICAÇÃO FINAL” NÃO FOI POSSÍVEL ANALISAR A REAL DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS NOTIFICADOS DE DENGUE DE ACORDO COM A GRAVIDADE DA DOENÇA EM QUASE METADE DOS REGISTROS. APENAS 1,4% DOS CASOS TEVE ALGUM SINAL DE AGRAVAMENTO, PERCENTUAL QUE DIMINUI ENTRE OS CASOS QUE TIVERAM REGISTRO DE INTERNAÇÃO (0,5%), O QUE SUGERE A SUBNOTIFICAÇÃO DE CASOS GRAVES, FATO QUE PODE SUPERESTIMAR A TAXA DE LETALIDADE E OCASIONAR DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DISTORCIDOS DA REALIDADE. ALÉM DISSO, OS DADOS TAMBÉM APONTAM HETEROGENEIDADE DO PERFIL DE SUBNOTIFICAÇÃO ENTRE AS REGIÕES DO MUNICÍPIO, SUGERINDO QUE NO SISTEMA DE VIGILÂNCIA DA DENGUE, EXISTAM DIFERENTES PROCESSOS DE TRABALHO QUE PODEM ESTAR INTERFERINDO NO MONITORAMENTO DOS CASOS NOTIFICADOS. NESTE CONTEXTO, SÃO NECESSÁRIAS PESQUISAS PARA IDENTIFICAR E QUANTIFICAR OS INDICADORES DE SUBNOTIFICAÇÃO DE CASOS DE DENGUE BEM COMO A ELABORAÇÃO DE MECANISMOS DE QUALIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES EM SAÚDE.