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SAÚDE BUCAL E GRAU DE FELICIDADE EM ADOLESCENTES DE UMA CIDADE NO SUL DO BRASIL - ANÁLISE LONGITUDINAL

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Objetivos: O presente estudo acompanhou uma coorte de 1134 crianças em Santa Maria – RS, desde 2012, quando tinham 12 anos, e avaliou a influência das condições de saúde bucal no seu grau de felicidade após dois anos. Métodos: A amostra inicial foi obtida através de um processo de conglomerado em duplo estágio, onde o primeiro estágio foi representado pelas escolas e o segundo estágio pelas crianças de 12 anos matriculadas nessas escolas. A taxa de resposta após dois anos foi de 66%. Os dados a respeito das condições bucais foram obtidos através de exames clínicos realizados nas escolas por quatro examinadores calibrados, de acordo com os critérios estabelecidos pela OMS. O impacto das condições de saúde bucal na auto-percepção e qualidade de vida foi mensurado através do Child Perceptions Questionnaire 11-14; pais e responsáveis responderam um questionário com informações sobre o gênero da criança, cor da pele, consultas prévias ao dentista e renda da família. O desfecho foi grau de felicidade, avaliado através da versão brasileira da Escala Subjetiva de Felicidade em 2014, enquanto os dados dos preditores foram coletados em 2012. Resultados: Após ajuste, experiência de cárie (RR: 0,97; 95% IC: 0,95-0,99), visitas ao dentista em 2012 (RR: 0,97; 95% CI: 0,95-1,00) e escore do CPQ11-14 (RR: 0,95; 95% IC: 0,93-0,97), permaneceram significativamente associados ao escore de felicidade. Conclusões: Crianças sem experiência de cárie, que visitaram um dentista em 2012 e com escores mais baixos no CPQ11-14 apresentaram níveis mais altos de felicidade.