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REPRODUTIBILIDADE DO HEMOCUE NO DIAGNÓSTICO DE ANEMIA EM CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS

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Objetivo: avaliar a reprodutibilidade do hemoglobinômetro portátil Hemocue no diagnóstico de anemia em crianças. Métodos: estudo realizado em amostra de crianças de seis a 59 meses usuárias do Sistema Único de Saúde do município do Rio de Janeiro (n=357). O sangue foi coletado por punção capilar e colocado em microcuvetas para leitura imediata da concentração de hemoglobina (Hb) no Hemocue. Foram realizadas três leituras para cada criança. Do primeiro furo, foram retiradas duas gotas (G1 e G2) para a avaliação da reprodutibilidade do aparelho e do segundo, uma terceira gota (G3), para a avaliação da reprodutibilidade do método. G1 foi considerada como a de referência e o valor de 11g/dl foi adotado como ponto de corte para anemia. Foram calculados a média e o desvio-padrão (DP) dos valores de hemoglobina e realizada análise da concordância do diagnóstico de anemia utilizando-se os índices kappa (k) e kappa ajustado pela prevalência e pelo viés do entrevistador (ka). A interpretação desses valores foi feita utilizando-se a classificação proposta por Byrt (1996). Resultados: A média e o DP dos valores de Hb obtidos em G1, G2 e G3 foram de, respectivamente: 12,03±1,12, 11,90±1,15 e 12,00±1,10. Com base no kappa, foi razoável a concordância entre os diagnósticos obtidos com G1 e G2 (k=0,42) e com G1 e G3 (k= 0,36). Com base no kappa ajustado, observou-se concordância boa entre G1 e G2 (ka=0,62) e entre G1 e G3 (ka=0,60). Conclusão: Tanto a reprodutibilidade do aparelho quanto a do método foram boas, sugerindo estabilidade de ambos.