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RELAÇÃO ENTRE SIBILÂNCIA RECORRENTE GRAVE E ANEMIA EM LACTENTES E PRÉ-ESCOLARES

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Estudos mostraram associação entre anemia e asma, aumento da inflamação e diminuição da função pulmonar. Objetivo: Verificar relação entre presença de anemia e sibilância grave em pré-escolares. Método: Estudo coorte retrospectivo com avaliação de prontuários de ambulatório de referência na Baixada Santista, entre 2015 e 2017. Sibilância recorrente (SR) foi definida pela presença de três ou mais episódios de sibilância ou de sua persistência por no mínimo um mês e sibilância recorrente grave (SRG) foi considerada a sibilância não controlada apesar de elevadas doses de corticosteroide inalatório ou com indicação de internação. Classificados como anêmicos os pacientes com valores de hemoglobina menores do que 11g/dL. Análise descritiva das características de lactentes sibilantes (0-2 anos) e de pré-escolares (>2-5 anos) com sibilância recorrente. Para verificar associação entre desfecho e variáveis nutricionais de interesse utilizou-se teste exato de Fisher e Regressão de Poisson para análise ajustada. Assumiu-se significância de 5%. Resultados: Foram avaliados prontuários de 150 crianças, com idade até 5 anos. A amostra foi composta prioritariamente de meninos (66.7%), 106 crianças apresentavam condição nutricional normal e 46% da amostra apresentaram SRG. Não houve associação entre presença de anemia até os dois anos, nem presença de anemia na idade pré-escolar e o desfecho de interesse. A presença de anemia após os dois anos relacionou-se com diminuição da SRG, no entanto em análise múltipla esta relação desapareceu. Conclusão: Ao analisar a anemia isoladamente na idade pré-escolar, essa pareceu proteger da sibilância recorrente grave, entretanto quando foi controlada por outros fatores perdeu a significância.