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PREVALÊNCIA E PERFIL DE INTERNAÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

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Objetivo: Identificar a prevalência e descrever o perfil das internações de longa permanência realizadas pelo Sistema Único de Saúde em um hospital de alta complexidade. Método: Estudo descritivo, transversal, com dados secundários de internações hospitalares que obtiveram duração de 30 dias ou mais, realizada pelo Sistema Único de Saúde em um município do Sul do Brasil, entre os anos de 2013 a 2015. Por meio do número de prontuário foi possível identificar informações referentes ao indivíduo e à internação. Os dados foram analisados por meio do Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20, com apresentação de estatísticas descritivas e o teste de qui-quadrado de Wald (p≤0,05). Resultados: Foram identificadas 645 internações de longa permanência no período, perfazendo uma prevalência de 5,1%. Houve predomínio do sexo masculino (62,0%), indivíduos acima de 60 anos (52,6%), com ensino fundamental (58,3%), pertencentes à regional de abrangência do município (82,9%). Em relação à Classificação Internacional das Doenças, as internações por doenças do aparelho circulatório foram as mais frequentes (33,5%), seguida por internações decorrentes de causas externas (22,3%). A alta por óbito nessas internações foi de 45,6%, resultado muito superior quando comparado aos óbitos de internações com até 29 dias (12,0%; p<0,000). Conclusão: Embora a prevalência de internações de longa permanência não seja alta, há um elevado número de óbitos, o que demonstra a necessidade de intensificar as políticas públicas voltadas para a prevenção das doenças do aparelho circulatório e de acidentes e violências decorrentes de causas externas.