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PREVALÊNCIA DE DÉFICIT ESTATURAL EM ADOLESCENTES DE COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO MARANHÃO

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OBJETIVOS: Analisar a prevalência de déficit no crescimento linear e seus fatores associados em adolescentes de comunidades remanescentes de quilombos do Maranhão. MÉTODOS: Estudo transversal com 53 adolescentes de 13 a 19 anos de idade das comunidades remanescentes de quilombos da baixada maranhense. Os dados socioeconômicos e demográficos foram obtidos por meio de questionário adaptado. Os dados antropométricos foram coletados em duplicata por examinadores devidamente treinados e obtidos por técnicas descritas por Jellife (1968). Os pontos de corte para definição do estado nutricional segundo índice estatura para idade foram definidos por parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde - WHO (2006). Para a associação entre o déficit estatural e os fatores demográficos e econômicos foi utilizada a regressão de Poisson. O nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: A prevalência de déficit estatural foi de 20,41%, sendo maior na classificação de baixa estatura-para-idade (18,9%). Não foram observadas associações estatisticamente significantes entre o déficit estatural e as variáveis cor da pele, renda familiar, escolaridade, número de refeições, Programa Bolsa Família, visita do Agente Comunitário de Saúde e pertencer à Estratégia de Saúde da Família (p>0,05). CONCLUSÃO: Apesar da tendência do declínio da desnutrição no Brasil, observou-se que uma parcela significativa dessas adolescentes encontraram-se em agravo nutricional crônico, prejudicando seu crescimento. Possivelmente, esta situação pode refletir no comprometimento de gerações posteriores, de modo a perpetuar essa condição nutricional.