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Objetivos: Traçar o perfil farmacoepidemiológico no tratamento da leishmaniose em um hospital de doenças infecciosas no estado Ceará. Métodos: Foram analisadas 220 fichas de solicitação da anfotericina B lipossomal no ano de 2016. Variáveis exploradas: idade, local de residência, forma clínica, tratamento prévio, resultado do K39, número de frascos-ampolas (F/A) utilizados. Resultados: Das 220 fichas, 116 foram requisitadas para pacientes internados e 104 para área ambulatorial. A média de idade foi de 41,6 anos, sendo de 39 (+ 21,2) para sexo feminino e 42,3(+16,1) para masculino. Verificou-se que 55,46% (122) dos pacientes eram de Fortaleza, 15% (33) da Região Metropolitana, 20,45% (45) do interior e 9,09% (20) sem informações. Quanto à forma clínica a leishmaniose visceral liderou com 93,63% (206), seguida por 5% (11) de tegumentar e 1,3% (3) não informado. Quanto ao tratamento prévio 44,1% (97) usaram anfotericina B lipossomal, 29,54% (65) eram virgens de tratamento, 6,36% (14) fizeram múltiplos tratamentos, 5,9% (13) usaram glucantime, 3,6% (8) desoxicolato, 0,45% (1) complexo lipídico e 10% (22) não apresentaram informações. 55,41% (128) dos pacientes manifestaram resultados positivos para o K39, 43,72% (101) estavam sem resultados e apenas 0,86% (2) evidenciaram resultado negativo. Os pacientes ambulatoriais usaram em média 25,23 F/A de lipossomal por tratamento com custo médio de R$ 1387,65/paciente. Os internados usaram em média 28,87 F/A de lipossomal por tratamento com custo médio de R$ 1587,85/paciente. Conclusão: Os dados demonstraram uma concentração de casos na capital na forma visceral e maior custo no tratamento entre os pacientes internados.