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Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico e as condições bucais dos pacientes acamados e domiciliados indicados para atenção domiciliar, adscritos a uma unidade de atenção básica, tendo em vista a implementação das linhas de cuidado da atenção domiciliar 1 (AD1). Métodos: Foram realizadas, no período de julho a setembro de 2016, 60 avaliações multiprofissionais domiciliares, estruturadas pelo método SOAP (Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano), contemplando instrumentos específicos de coleta de informações das áreas de odontologia, enfermagem, psicologia e fisioterapia. Além disso, os indivíduos foram classificados quanto a complexidade em nível 1, 2 ou 3, quanto maior o nível, maior a complexidade do cuidado necessário, conforme preconizado pelo Caderno de Atenção Domiciliar do Ministério da Saúde, com base em critérios como dependência para realização de atividades, função cognitiva e funcionalidade familiar. Resultados: Dos 60 indivíduos selecionados, 60% foram avaliados. O perfil prevalente é de idosos entre 71 e 100 anos, sexo feminino (60%), domiciliados (71%) e acamados (29%). Considerando a classificação de complexidade, 24% são enquadrados no nível 1, 76% nível 2. Não se verificou avaliação em nível 3. No que diz respeito ao perfil de saúde bucal, foi observado um índice CPO-D (dentes cariados, perdidos ou restaurados) médio de 24,9, com destaque para o componente perdido e 63% dos pacientes com necessidade de próteses dentárias. Conclusões: O público determinado pelo levantamento tem necessidades acumuladas de atenção multidisciplinar. A implantação da Atenção Domiciliar AD1 proporcionará a população, prevalentemente idosa, cuidados multidisciplinares adequados e envelhecer digno.