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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO TRAUMA DE FACE NO BRASIL: PUBLICAÇÕES DE UMA DÉCADA

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Objetivos: Rever as publicações feitas no Brasil de 2005 a 2015 abordando traumas de face. Métodos: Trata-se de uma revisão bibliográfica com busca nos portais Bireme, Pubmed, Medline, Lilacs e BBO, onde foram encontrados 223 artigos e incluídos 27. Foram excluídos revisões e relatos de caso. Os artigos foram organizados por local de estudo, em ordem cronológica e foram avaliadas as seguintes variáveis: etiologia, faixa etária, gênero e localização anatômica do trauma. Resultados: Os acidentes de trânsito foram as causas mais prevalentes de traumas de face (21 a 55%), seguidos de quedas (12 a 51%) e violência interpessoal (9 a 27%). Indivíduos com idade entre 20 e 30 anos estiveram mais envolvidos em acidentes de trânsito, sendo que as quedas foram mais prevalentes em crianças e idosos. O gênero masculino foi mais acometido por trauma em todos os estudos e também em todas as idades. A fratura de mandíbula foi o trauma mais prevalente na maioria dos estudos e a internação hospitalar foi necessária para a maioria dos pacientes que sofreram fraturas na face. Conclusões: Os traumas de face têm alta prevalência no Brasil e por isso devem ser motivo de preocupação na elaboração de políticas públicas de prevenção e tratamento. Apresentam peculiaridades, dependendo do porte das cidades, das faixas etárias e do meio de transporte mais utilizado. Como seu tratamento normalmente é cirúrgico e necessita de internação hospitalar, gera altos custos aos indivíduos e ao sistema público de saúde.