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Objetivo: descrever o perfil epidemiológico dos casos de tétano acidental (TA) notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período de 2007 a 2016. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa e qualitativa da situação epidemiológica do TA. Resultados: No Brasil, notificaram-se 5.224 casos de Tétano Acidental dos quais 37% (1.939) foram confirmados e, em média, 294 casos ao ano. Os casos confirmados de TA se distribuem por todas as unidades da federação, com destaque para os seguintes estados: Rio Grande do Sul (9,3%), Minas Gerais (8,5%), São Paulo (7,7%), Bahia (7,2%) e Ceará (7,1%). Dos confirmados, 74% dos casos ocorreram em áreas urbanas. Ratifica-se a o aumento do número de casos nessa zona de residência, observado ao longo dos últimos anos. O TA acomete todas as faixas etárias, porém o maior número de casos concentra-se no grupo de 35 a 49 anos (27,8%) seguido de 50 a 64 (28,9%) e de 65 anos e mais (20,3%). Dos confirmados, 973 foram a óbito, com taxa de letalidade de 33%. Conclusão: Apesar da redução do número de casos de TA nos últimos anos, essa doença continua sendo um problema de saúde pública, principalmente, devido à elevada letalidade, além de ser prevenida por vacina, disponível pelo Sistema Único de Saúde brasileiro. Recomenda-se a manutenção de elevadas coberturas vacinais, manejo clínico adequado dos casos e educação e saúde à população nas ações preventivas do tétano.