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NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO BREVE POR USO DE ÁLCOOL, TABACO E OUTRAS DROGAS ENTRE USUÁRIOS DA ATENÇÃO BÁSICA

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Objetivo: Rastrear o uso de álcool e outras drogas entre usuários da atenção básica e identificar fatores associados à necessidade de intervenção breve. Métodos: Estudo transversal desenvolvido em unidade básica de saúde da cidade do Rio de Janeiro. Participaram 1.489 pessoas, que responderam ao Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test entre 2013 e 2014. Foram estimadas chances (OR) de uso abusivo moduladas por características sociodemográficas (sexo, idade, renda, escolaridade, situação conjugal e religião). Resultadoss: As substâncias referidas como mais usadas foram álcool (39,5%), tabaco (20,3%) e maconha (1,9%). Entre usuários de álcool, maiores chances de necessidade de intervenção breve foram encontradas entre pessoas de baixa escolaridade (OR = 1,92; IC 95% = 1,35 – 2,71) e sem religião (OR = 1,81; IC 95% = 1,25 - 2,62). Para tabagistas, maior necessidade de intervenção breve se deu para mulheres (OR = 1,48; IC 95% = 1,02 – 2,13), baixa escolaridade (OR = 1,89; IC 95% = 1,37 – 2,60) e que não possuíam religião (OR = 2,08; IC 95% = 1,49 - 2,92). Devido à reduzida frequência de pessoas que declararam consumir drogas ilícitas, não foram calculados modelos explicativos com foco na necessidade de intervenção breve. Conclusão: Níveis mais elevados de escolaridade e a prática religiosa podem ser entendidos como fatores de proteção para o uso abusivo de drogas lícitas. Estratégias educacionais se confirmam como intervenção eficaz na prevenção do uso e abuso de drogas no contexto dos serviços de Atenção Primária à Saúde.