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INTERNAÇÕES POR COMPLICAÇÕES OBSTÉTRICAS NA GESTAÇÃO E DESFECHOS MATERNOS E PERINATAIS, EM UMA COORTE DE GESTANTES SUS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO.

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A morbidade materna, a mortalidade neonatal e a mortalidade fetal são importantes indicadores da saúde materna infantil. O estudo tem por objetivo descrever desfechos maternos e perinatais (baixo peso ao nascer, prematuridade, óbito fetal e neonatal, internações pós-parto e readmissão dos recém-nascidos) de uma coorte de gestantes cujos partos foram financiados pelo SUS no município de São Paulo no segundo semestre de 2012. Foi obtida uma coorte retrospectiva de 55.404 gestantes a partir da vinculação (determinística e probabilística) das informações do SIH/SUS, SINASC, SIM e CNES. Internações por complicações obstétricas da gestação ocorreram em 4,30% das gestantes. Diagnósticos mais frequentes foram: infecções, doenças hipertensivas e diabetes. As internações prévias ao parto foram mais frequentes nas gestantes a partir de 35 anos, de gestações múltiplas e com baixa escolaridade. As internações das gestantes no pós-parto foram 3 vezes maior e a mortalidade materna 9 vezes maior entre as gestantes com internação prévia por complicações obstétricas. Os desfechos perinatais (mortalidade fetal e neonatal, prematuridade e baixo peso ao nascer) foram 2 vezes mais frequentes entre os conceptos de gestantes com internação prévia que aquelas sem internação. Comportamento semelhante foi observado com relação à internação dos recém-nascidos logo após o parto e na readmissão hospitalar. Desfechos maternos e perinatais negativos foram mais frequentes em gestantes com internação prévia ao parto.