GESTANTES E DOENÇA AGUDA PELO VÍRUS ZIKA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Objetivo: Analisar os casos registrados da Doença Aguda pelo Vírus Zika (DAVZ) em gestantes no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-net) do Estado de São Paulo (ESP) que apresentaram início dos sintomas no período de 2015 a 2016. Método: Estudo transversal. Utilizaram-se dados secundários das informações do SINAN-net da DAVZ do ESP. Para o cálculo da taxa de detecção em gestantes, o número de Nascidos Vivos (NV) foi obtido através da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados do ESP. Os casos da DAVZ foram confirmados por critério laboratorial. As informações de microcefalia possivelmente relacionadas à infecção pelo vírus Zika em recém-nascidos foram obtidas pelo Registro de Eventos em Saúde Pública. Os dados foram analisados, utilizando-se os softwares TabWin 3.6b e Excel 2010, sendo todos atualizados em 13/03/2017. Resultados: No período de 2015 a 2016 foram notificados 2625 casos da DAVZ em gestantes no ESP. Destes, 29,33% foram confirmados, sendo a maioria autóctones (97,40%). Houve evolução do número de municípios que confirmaram casos da DAVZ (2015 – sete e 2016 – 73) e da taxa de detecção por 1000 NV (2015 – 0,02 e 2016 – 1,20). O maior risco da DAVZ/gestante ocorreu no município de Jardinópolis em 2015 e Rubineia em 2016 (2,01 e 68,97 por 1000 NV, respectivamente) e apenas em 2016 houve 31 casos de microcefalia possivelmente relacionados à infecção pelo vírus Zika. Conclusão: Sugere-se a utilização desse conhecimento para dar ênfase as novas diretrizes para prevenção e controle desses agravos no ESP.