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EVOLUÇÃO DOS PADRÕES DE CONSUMO DE ANTIDEPRESSIVOS E BENZODIAZEPÍNICOS: ESTUDO PRÓ-SAÚDE

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Objetivo: Estimar a evolução da prevalência de consumo de antidepressivos (AD) e benzodiazepínicos (BDZ). Métodos: Dados foram coletados via questionário de autopreenchimento entre participantes do Estudo Pró-Saúde, uma coorte concorrente de funcionários técnico-administrativos de uma universidade no Rio de Janeiro. Foram analisados dados sobre consumo de medicamentos nos 7 ou 14 dias anteriores a 3 fases de coleta de dados em 1999 (n=4.030), 2001-2 (n=3.574) e 2006-7 (n=3.058). Os participantes foram classificados como usuários de AD ou BDZ, segundo (i) informou o nome da substância ou (ii) a classe farmacológica. Se o nome do medicamento foi informado, este foi classificado segundo a Anatomical Therapeutic Chemical (ATC). Estimaram-se as prevalências de uso AD e BDZ em cada fase. Resultados: As prevalências de uso de AD foram: 1,4% (IC 95% 1,1-1,8) em 1999; 2,0% (IC 95% 1,5-2,4) em 2001-2 e 3,9% (IC 95% 3,2-4,5) em 2006-7. No caso dos BDZ, as prevalências foram: 4,7% (IC 95% 4,1-5,4) em 1999; 5,4% (IC 95% 4,7-6,2) em 2001-2 e 6,4% (IC 95% 5,5-7,1) em 2006-7. Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) representaram a classe que impulsionou o aumento do consumo dos AD, passando de 17,0% dos AD consumidos em 1999 para 67,6% em 2006-7. Conclusões: Foi observado um aumento no uso de ambas as classes de psicofármacos, relativamente maior para os AD. Esses resultados estão de acordo com outros estudos, nacionais e internacionais, que revelam um aumento proporcionalmente maior do uso de AD após a entrada dos ISRS no mercado.