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ESPAÇOS DE PRODUÇÃO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR LT NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 1990 – 2012

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Objetivo - Identificar e caracterizar unidades espaciais de relevância epidemiológica no estado do Rio de Janeiro, através das maiores concentrações da casos de LT no período de 1980 a 2012, com a finalidade de subsidiar o programa para a priorização de estratégias de ações de prevenção e controle e a otimização dos recursos. Método - Utilizou-se casos autóctones por municípios de 1990 a 2012, dos bancos de dados da SUCAM, FUNASA e SINAN. Foi aplicado um método de ajustamento de dados espacialmente referenciados para delimitação das regiões com as maiores concentrações de casos chamadas circuitos e polos. Estes foram sobrepostos aos mapas de cotas de altitude, cobertura florestal e indicadores demográficos. Resultados - No período ocorreram 5.263 casos, com tendência a estabilidade até 2006 e queda na transmissão nos anos seguintes. Foi identificado um comportamento cíclico de três anos do agravo, permitindo a elaboração de mapas de densidades de casos. Conclusões - A identificação dessas regiões, mais estáveis que as localidades, permitem operações de vigilância e controle nas localidades com muitos casos e nas demais localidades da área de risco identificada, por terem as mesmas características daquelas já afetadas, dependendo somente de mudanças nas condições de receptividade. Apesar do lugar de transmissão possuir paisagem e características epidemiológicas semelhantes nas diversas regiões do estado, diferenças foram observadas quando se analisou os processos de organização social destas áreas, e suas relações com as condições de endemicidade, permitindo a identificação de diferentes polos e circuitos espaciais de produção e difusão da LT.